3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

Síntese e caracterização de nanopartículas de prata para aplicação no desenvolvimento de filtro “verde” para desinfecção de água

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: nanopartículas de prata, celulose , filtro antibacteriano

A demanda por água potável vem crescendo continuamente nos últimos anos devido, principalmente, ao crescente aumento da população mundial. Em virtude disso, pesquisadores e indústrias tem buscado desenvolver métodos de desinfecção de água que sejam eficientes e não gerem problemas à saúde humana. A utilização de prata no processo de tratamento de água já é conhecido, no entanto, a prata nanoestruturada apresenta vantagens por ser mais reativa e ter maior eficiência devido a sua elevada área superficial de contato. A partir disso, este estudo teve o objetivo de sintetizar nanopartículas de prata e, posteriormente, adsorve-las em partículas de celulose microcristalina, que é um substrato de fonte natural, renovável, biodegradável e atóxico. Para a realização das sínteses foi utilizado o nitrato de prata como sal precursor, o borohidreto de sódio como agente redutor e o aminoetil-aminopropil-trimetoxisilano (AES) como estabilizante em diferentes concentrações (21,6, 10,8, 5,4 e 2,7 mmol.L-1). Após a síntese, a celulose microcristalina foi adicionada na dispersão coloidal de prata, mantida em agitação por 15 minutos e deixada em repouso até que ocorresse decantação das partículas de celulose, e o sobrenadante se tornasse transparente. A celulose funcionalizada foi seca em estufa (50oC por 24 horas) e curada 120ºC. Análises de espectrofotometria de UV-Vis foram realizadas para se caracterizar os colóides logo após as sínteses e a avaliar a estabilidade dos mesmos ao longo do tempo. A obtenção de picos de absorbância máxima no comprimento de onda de aproximadamente 410 nm confirmou a formação das nanopartículas de prata nas sínteses. De acordo com os resultados, quanto maior a concentração de AES usada, maior tende a ser a absorbância máxima lida logo após a síntese, o que significa uma maior concentração de nanopartículas. No entanto, percebeu-se que o uso de uma concentração excessiva de AES leva a produção de uma dispersão de prata coloidal instável ao longo do tempo. Análises de microscopia eletrônica de transmissão (MET) mostraram que as nanopartículas produzidas apresentaram tamanho aproximado de 10 nm. As imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura com efeito de campo (MEV-FEG) revelaram a presença de nanopartículas na superfície da celulose, o que indica que foi possível adsorver as nanopartículas de prata na celulose. As partículas de celulose funcionalizadas serão testadas como recheio de um filtro antibacteriano visando a desinfecção de água para o consumo.

Apoio / Parcerias: Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, campus Ibirama - Depato. de Engenharia Sanitária

ISSN: 1808-1665