3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

Obtenção de Micropartículas de PLLA e Etilcelulose para Encapsulação do Cloridrato de Metformina

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: encapsulação, biopolímeros, cloridrato de metformina

A síntese e a utilização de nano e micropartículas para a encapsulação de ativos vêm sendo foco de diversos grupos de pesquisas em distintos países. A estratégia de liberação controlada de fármacos vem sendo explorada com o objetivo de otimizar a absorção do ativo pelas células do organismo, o que é relevante para o cloridrato de metformina, um fármaco amplamente empregado no tratamento do Diabetes tipo 2 (Diabetes mellitus- DM). Este antidiabético é ministrado via oral e causa efeitos adversos ao paciente como náuseas, vômito, dores abdominais e desconforto, além de ser utilizado em altas doses, uma vez que a característica hidrofílica desse ativo diminui sua permeabilidade nas membranas celulares. Frente a esta problemática, o presente estudo almejou encapsular esse fármaco em diferentes formulações poliméricas empregando o poli(L-ácido láctico) (PLLA) e a Etilcelulose, puros e na forma de blendas. Contudo, devido o alto grau de hidrofilicidade do fármaco, utilizou-se gelatina de grau farmacêutico para aumentar a viscosidade da fase aquosa interna (1ª emulsão), com isso, otimizar a eficiência de encapsulação. Também foram utilizados o Span®80 como tensoativo da 1º emulsão e o poli(álcool vinílico) – PVA como tensoativo da 2º emulsão. O processo para obtenção das micropartículas foi conduzido pela técnica de múltipla emulsão seguida da evaporação do solvente, com posterior separação das partículas do meio aquoso. Duas estratégias de secagem foram avaliadas, sendo uma delas nas condições do ambiente,e a outra por liofilização. Para a avaliação do desempenho dos processos, foram calculados o rendimento dos mesmos e a eficiência de encapsulação para todas as formulações. A eficiência foi estimada mediante a quantificação do MetHCl por espectrofotometria na região do ultravioleta- visível (UV-Vis), no comprimento de onda de 232 nm. Os resultados demonstraram que foi possível encapsular o MetHCl nas micropartículas, porém a maior eficiência média obtida foi inferior a 10%. Apesar do uso da gelatina ter resultado num aumento da eficiência da encapsulação, os teores encapsulados foram inferiores a 15%. As micropartículas obtidas que apresentaram as maiores eficiências de encapsulação ainda foram caracterizadas por Espectrofotometria na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTRI), análises de microscopia eletrônica de varredura com efeito de campo (MEV-FEG), calorimetria exploratória diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA) . Apesar do estudo realizado ter atingido o objetivo de aumentar a eficiência da encapsulação com o emprego da gelatina, os valores alcançados ainda são considerados baixos, indicando que mais estudos são necessários para aprimorar o processo.

ISSN: 1808-1665