3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

análise pós-ocupação do entorno Conjunto Habitacional do Adhemar Garcia sob a perspectiva dos usuários

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: habitação de interesse social, Entorno, Usuário

A necessidade de construir habitações em grandes quantidades está diretamente relacionada com o crescimento populacional decorrente do processo da vinda da população rural para a cidade. Ambas as situações, o crescimento demográfico e a demanda por habitações integram o complexo processo de urbanização das cidades brasileiras. Na maioria dos países, o processo de urbanização e crescimento econômico, seja pela via da industrialização, seja pela via do comércio e serviços é simultâneo. Assim, a produção de conjuntos habitacionais foi uma das soluções fornecidas pelo poder público, como também, por empreendedores privados, para suprir a demanda habitacional (BARON, 2011). A implantação do Conjunto Habitacional do Adhemar Garcia em Joinville teve início em 1980, sendo considerado o maior Conjunto habitacional de Santa Catarina da época, em um loteamento com área total de 648.670,25m², com lotes distribuídos em 76 quadras, possuindo um total de 1.251 unidades habitacionais. A COHAB (companhia de habitação), responsável pelo financiamento e fiscalização do Conjunto Habitacional do Adhemar Garcia, entregou o conjunto habitacional sem a infraestrutura mínima para suprir as necessidades da população que ali residiria. Não possuía no conjunto linha de ônibus, lotes com edificações destinadas a lazer, educação e saúde. A população foi simplesmente ‘’jogada’’ na periferia da cidade de Joinville. Logo após a entrega das unidades habitacionais, foi criada em 1987, a Associação de Moradores do Adhemar Garcia devido a diversos problemas já encontrados no conjunto habitacional. Então, os morados começaram a lutar e reivindicar seus direitos e necessidades. Com o tempo foi-se então implantando instituições, áreas de lazer, asfalto, linhas de ônibus, etc, no conjunto habitacional, tornando ele, após 30 anos de ocupação o que é hoje. Devido ao interesse a respeito dos problemas urbanos, habitacionais e a participação da autora no Laboratório de Estudos em Design-Cidade/LECid, este artigo tem como objetivo a análise pós-ocupação do entorno assim como também da habitação do Conjunto Habitacional do Adhemar Garcia, sob a perspectiva dos usuários através de entrevistas e visitas in loco. Desse modo, obtendo o conhecimento da forma como os moradores se apropriam e transformam, segundo suas necessidades, as áreas públicas do conjunto assim como as unidade habitacionais privadas, gerando uma transformação geral de todo o conjunto habitacional em análise.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

ISSN: 1808-1665