Segundo os dados do EPAGRI/ CEPA de 2015, Santa Catarina é líder no ranking nacional de produção de cebola, sendo responsável por 30% da safra nacional cuja produção em 2014 foi estimada em um rendimento médio de 27.994 kg/ha. As cebolas são normalmente comercializadas in natura (frescas), em pasta, em pó, em flocos ou ainda em forma de suco concentrado. Em relação a este último, somente uma empresa localizada na região nordeste catarinense processa em torno de 4500 toneladas do vegetal por ano, gerando 36% de bagaço úmido. Tendo em vista o alto percentual de resíduo gerado no processo, torna-se imprescindível buscar alternativas para o seu aproveitamento e consequente valoração. No entanto, propostas de uso deste resíduo passam, necessariamente, pelo conhecimento das características físico-químicas do material. Este trabalho tem por objetivo a caracterização físico-química do resíduo gerado no processo de produção do suco de cebola. O resíduo foi desidratado à 55ºC até massa constante. A caracterização físico-química do resíduo desidratado foi realizada quanto à umidade (88,86% ± 0,11), cinzas (1,48% ± 0,04), pH (3,53), densidade aparente (0,11 g/cm3), densidade real (0,84 g/cm3), porosidade (0,84) e açúcares redutores (9,60 g/100g). Glicose (15,96%) e frutose (15,68%) foram os únicos açúcares solúveis extraídos do resíduo. Em relação à granulometria, a maioria das partículas (>57%) apresentou diâmetro entre 2,36 mm e 4,75 mm. Carbono orgânico e nitrogênio total estão sendo analisados.