3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO INTRACEREBRAL DE GALACTOSE SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO EM CÉREBRO DE RATOS

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Galactose, Estresse oxidativo, Córtex cerebral

Introdução: A galactosemia clássica é um erro inato do metabolismo da galactose, causado pela deficiência na atividade da enzima galactose-1-fosfato uridiltransferase, o que ocasiona acúmulo de galactose-1-fosfato e galactose. Essa patologia gera disfunção no sistema nervoso central, incluindo dificuldades cognitivas. Objetivos: Verificar o efeito da infusão intracerebroventricular de galactose (5mM) sobre as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS), proteínas carboniladas, conteúdo total de sulfidrilas e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD) e em córtex cerebral de ratos de 60 dias de idade. Metodologia: Para a administração intracerebral de galactose os animais foram anestesiados, a cabeça fixada em aparelho estereotáxico, a pele do crânio removida e uma cânula guia de calibre 27 x 10mm foi colocada e fixada acima do ventrículo lateral direito. Após 72 horas da cirurgia a galactose (5mM) foi administrada com microseringa Hamilton. Os animais foram sacrificados por decapitação 1 hora após a administração e o córtex cerebral foi removido, homogeneizado, centrifugado e o sobrenadante armazenado a -80°C para posterior análises. O TBA-RS, conteúdo total de sulfidrilas e conteúdo de proteínas carboniladas foram determinados pelo método de Esterbauer e Cheeseman (1990), Aksenov e Markesbery (2001) e Reznicke Packer (1994), respectivamente; e a atividade da CAT, SOD e GSH-Px pelos métodos de Aebi (1984), Wendel (1981) e Marklund (1985), respectivamente. Os dados foram analisados pela Análise de variância (ANOVA) de uma via seguido pelo Teste Múltiplo de Duncan quando indicado. Resultados: Os resultados mostraram que a galactose diminuiu a atividade da CAT (p<0,05; n=7) e o conteúdo total de sulfidrilas (p<0,001; n=7) e aumentou a atividade da GSH-Px (p<0,001; n=7), os níveis de TBA-RS (p<0,01; n=7) e o conteúdo de proteínas carboniladas (p<0,01; n=7) em córtex cerebral de ratos, quando comparado ao grupo controle, porém não alterou a atividade da SOD (P>0,05; n=7). Conclusão: Os resultados indicam que a galactose induz estresse oxidativo em córtex cerebral de ratos, uma vez que causa peroxidação lipídica, dano proteico e altera a atividade de defesas antioxidantes enzimáticas.

Apoio / Parcerias: Agência financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Fundo de Apoio à Pesquisa - UNIVILLE FAP.

ISSN: 1808-1665