3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

COMPARAÇÃO DA CAPTURA DE PEIXES ATRAVÉS DE ARMADILHAS EM DOIS AMBIENTES DISTINTOS: RECIFE ROCHOSO NATURAL DE AMBIENTE ABERTO E RECIFE ARTIFICIAL DE CULTIVO DE MEXILHÃO DO INTERIOR DO ESTUÁRIO

Palavras-chave: Captura, Pesca, Aprisionamento

O desenvolvimento de dez armadilhas confeccionadas em 2015 teve como base um modelo indígena de covo, em formato codiforme, que permite o aprisionamento do peixe e uma maior seletividade do tamanho e tipo de animal (devido a entrada e posicionamento fundeado da armadilha) e o acondicionamento do peixe vivo até a despesca. O diferencial dessa armadilha em relação a outras formas de pesca por aprisionamento é um sistema articulado com travas que permite que a armadilha seja “fechada” e tenha seu tamanho diminuído em até cinco vezes, o que facilita seu manuseio e transporte nas embarcações de porte artesanal regional. As armadilhas se mostraram funcionais e efetivas na captura de peixe quando testadas em ambiente estuarino. O estudo visou a análise da eficiência da armadilha em um ambiente de mar aberto (fora da baia) e comparado a um ambiente do interior da baia. O experimento foi desenvolvido no costão natural da Ilha da Paz e Ilha Velha e no interior da baia na localidade do Paulas em São Francisco do Sul. Foi instalado um long-line fundeado com as armadilhas, espaçadas em 4 a 5 metros entre si em cada um dos ambientes. O tempo experimental foi definido por semanas, contabilizando uma, duas e três semanas de imersão. A armadilha se mostrou mais eficiente quando colocada em ambiente interno, capturando 42 indivíduos em relação aos 16 peixes capturados em ambiente aberto, porém não foram encontradas diferenças significativas em relação a primeira semana. Para ambos ambientes foram detectadas diferenças entre as semanas do experimento. A menor captura foi obtida na segunda semana no ambiente aberto (p=0,00021), e de maneira geral, a terceira semana obteve menor sucesso entre os ambientes, desconsiderando a captura nula da segunda semana no ambiente externo. A maior CPUE encontrada foi no período de uma semana de imersão (com 2,3 indivíduos capturados por dia) fora da baia, diferindo dos resultados obtidos dentro da baía, que registraram o tempo ideal como duas semanas de imersão (com 1,42 indivíduos capturados por dia). A armadilha em local aberto acumulou fauna incrustada ao longo do tempo, provavelmente devido ao grande aporte larval que ocorre no local, o que pode explicar a queda de eficiência ao longo das semanas de imersão, principalmente na segunda semana. Os resultados obtidos demonstram que as diferenças das capturas entre ambientes caracterizam a região interna do estuário como local de maior captura do que a região externa.

Apoio / Parcerias: CNPQ – PIBIT, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica

ISSN: 1808-1665