4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

DESENVOLVIMENTO DE MEMBRANA DE PLGA COM INCORPORAÇÃO DE AGENTES ANTIMICROBIANOS NANOESTRUTURADOS

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: membrana bioabsorvível, PLGA, nanopartícula de prata

A periodontite é uma doença inecto-inflamatória que afeta os tecidos de suporte dental, resultando em perda da inserção óssea. A doença se manifesta inicialmente pela gengivite, que quando não tratada, progride para periodontite. Uma das possíveis técnicas empregadas no tratamento desta doença é a regeneração tecidual guiada (RTG). Essa técnica consiste na inserção de uma membrana biocompatível na região lesionada, possibilitando a regeneração do periodonto. Atualmente, há uma variedade de membranas reabsorvíveis que podem ser aplicadas neste tratamento, substituindo as membranas convencionais não reabsorvíveis. A vantagem de utilizar uma membrana reabsorvível se deve ao fato de que o polímero que a constitiu é degradado e absorvido pelo corpo, não necessitando de uma intervenção cirúrgica secundária para sua remoção. Dentre os materiais poliméricos reabsorvíveis, destaca-se o copolímero poli(ácido-láctico-co-glicólico) (PLGA) por ser fácil de manusear cirurgicamente e ser completamente degradado em menos tempo, evitando possíveis reações adversas, causadas pelos fragmentos de polímeros liberados durante o processo de degradação. O tratamento por RTG também inclui o uso de antibióticos para inibir possíveis infecções que podem ocorrer, porém muitas bactérias podem desenvolver resistência à esses antibióticos. Dessa forma, há a necessidade de desenvolver novos medicamentos e agentes eficientes contra infecções bacterianas. Alguns estudos vêm mostrando a eficiência da aplicação de nanopartículas no combate a estas infecções. Dentre as nanopartículas que apresentam função bactericida, destacam-se as nanopartículas de prata (NpAg) e a de óxido de zinco(NpZnO). As nanopartículas de ZnO são uma alternativa às de prata por serem biocompatíveis e apresentarem efeitos secundários mínimos relacionados às células humanas. Neste contexto, o presente trabalho objetivou produzir membranas biocompatíveis e funcionalizadas com NpZnO e avaliar suas propriedades térmicas para aplicação em RTG. Para a produção das membranas, foi utilizado o PLGA como matriz polimérica. e as NpZnO foram utilizadas nas concentrações de 10, 50, 100 e 150 ppm. Os materiais obtidos foram caracterizados por TGA, DSC e quanto à atividade antibacteriana. Por meio da incorporação de NpZnO, a estabilidade térmica do material sofreu diminuição a partir de 50 ppm e sua temperatura de transição vítrea (Tg) aumentou de 2 a 5 oC. A análise antimcrobiana demonstrou que a incorporação de NpZnO resultou na redução percentual de micro-organismos somente a partir da concentração de 100ppm. Dessa forma, o emprego de concentrações mais elevadas de NpZnO deve ser estudado para que sua utilização na RTG seja mais eficiente.

ISSN: 1808-1665