4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

A construção do acervo “Histórias de Vidas com Esclerose Múltipla”: diálogos de uma equipe em formação

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Memória, Acervo

Este artigo é parte das reflexões desenvolvidas durante a montagem da coleção “Histórias de Vidas com Esclerose Múltipla”, do acervo do Museu da Pessoa e é resultado de uma experiência da pesquisa que tem como objetivo coletar e organizar em rede as Histórias de Vida de pessoas com Esclerose Múltipla, EM, como uma aposta de que o registro (auto) biográfico se configure um espaço heurístico e de potência de criação, e^ ao mesmo tempo, contribua para a democratização da memória social a partir da (auto) biografia de pessoas que são ameaçadas, especialmente, pela perda da função neurológica da memória. Nessa oportunidade, parte da equipe traz algumas das reflexões metodológicas desenvolvidas durante a montagem da coleção. Por valorizar as narrativas de memória dessas vidas em sua característica mais cotidiana, a coleta de dados foi feita a partir da metodologia História Oral de Vida e no local mais confortável dos sujeitos, a casa. Essa decisão trouxe demandas e novas decisões que geraram as reflexões, que agora são registradas nesse artigo: a transcrição em texto, a organização de imagens, a edição do audiovisual. (Quanto ao material audiovisual, o fato de não estar em estúdio, somado ao fato de que a equipe era composta por acadêmicos em formação, aprendizes e portanto amadores, além dos equipamentos aquém à exigência de um ideal, resultou em um material de vídeo bastante fragmentado e menor que o tempo dos áudios constituídos também pelos ruídos da casa e das redondezas.) Outra demanda apareceu no processo de transcrição da entrevista em texto. O fato de haver alunos e familiares no set das entrevistas provocou uma entrevista transformada em conversa. Na transcrição, esses dois movimentos ficaram claros: a entrevista conduzida pelo roteiro semiestruturado e as conversa mais desconectado do método. Finalmente, o fato das fotografias e documentos estarem a distância das mãos dos entrevistados, havia pouca seleção prévia e, no momento da narrativa os entrevistados traziam mais fotos ocasionando um acumulo de imagens o que exigiu da equipe a construção de critérios de descarte. Essas foram algumas das demandas que forçaram a equipe a tomar decisões reflexivas a partir das leituras e bibliografias eleitas para os estudos e se configurou um espaço de formação.

Apoio / Parcerias: Univille; CNPq; Museu da Pessoa; ARPEMJ; AME

ISSN: 1808-1665