A pesquisa aqui relatada objetiva analisar a forma pela qual o significado do trabalho influencia as dimensões física, cognitiva e emocional do engajamento dos profissionais docentes da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, com vistas a instrumentalizar a instituição para atuar assertivamente em suas práticas de gestão de pessoas. Dentre outros aspectos, o estudo promove a expansão da emergente literatura relativa ao engajamento, ampliando o conhecimento acerca dos antecedentes de tal fenômeno e complementando trabalhos anteriores ao contemplar a tridimensionalidade e o caráter situacional do construto. A motivação da pesquisa derivou da escassez de estudos tanto sobre engajamento quanto sobre o significado do trabalho que envolvam profissionais atuantes no âmbito da educação, um contexto laboral tão importante quanto desafiador. Metodologicamente, a pesquisa se configura como exploratória e explicativa, com abordagem quantitativa e coleta de dados primários por meio de survey, com tratamento e análise subsidiados pelo pacote estatístico SPSS. A população do estudo é composta pelos profissionais docentes atuantes na UNIVILLE, perfazendo um total aproximado de 660 indivíduos. Extraíram-se os indicadores para avaliação do engajamento de Rich, Lepine e Crawford (2010), com escala composta por dezoito itens, ao passo que para avaliar o significado do trabalho, optou-se pelos três indicadores propostos por Spreitzer (1995). Após a aprovação do projeto junto ao Comitê de Ética em Pesquisa, o estudo teve prosseguimento com a realização de pesquisa bibliográfica visando aprofundar referenciais teóricos sobre significado do trabalho e engajamento, em sua perspectiva tridimensional. Embora cumpra destacar que o estudo não está concluído, uma vez que ainda está em curso a coleta de dados que efetivamente culminará no cumprimento do objetivo geral, a própria validação do instrumento de coleta de dados junto a profissionais docentes da IES em análise proporcionou resultados efetivos à pesquisa na medida em que: (i) constatou-se que a dimensão física do engajamento possui nuances específicas no que se refere à atuação docente, de modo que sua análise será coerente apenas se devidamente contextualizada – corroborando-se assim o aspecto situacional do construto em voga; e (ii) em virtude das particularidades identificadas, compreendeu-se que os indicadores para avaliação do engajamento de Rich, Lepine e Crawford (2010), na forma como originalmente propostos pelos autores, são insuficientes para a adequada compreensão do fenômeno – ou seja, o caráter circunstancial não se aplica apenas às análises dos fenômenos, mas também à forma de mensurá-los.