5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

Influência dos fatores abióticos sobre a atividade externa de Melipona (Michmelia) mondury Smith, 1863 (Hymenoptera, Apidea) em Santa Catarina

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: atividade de voo, bugia, movimento externo

Popularmente conhecida como bugia, uruçu-amarela ou guaraipo-amarela, Melipona mondury é uma abelha sem ferrão nativa, apreciada pela meliponicultura mas. Ameaçada. É ocorrente na mata atlântica, estendendo-se na área costeira, da Bahia ao Rio Grande do Sul além de Minas Gerais. São desconhecidos seus limiares climáticos para a atividade externa. Viando conhecer a influência dos fatores abióticos sobre a atividade de voo da espécie em foco, durante 120 horas de observação, foram analisadas 3 colônias, sendo elas observadas durante dez minutos individualmente, com intervalos de uma hora entre cada observação, O movimento foi acompanhado desde o início até o cessar, ao longo do dia, durante 22 dias de observações, no período de 14 de junho a 20 de agosto de 2018. Durante esse período, foram observadas e contabilizadas as abelhas que saem sem nada ou com detritos, e aquelas que entram com pólen, ou resina ou sem carga alguma. Foi verificado que essa espécie inicia seus trabalhos pela manhã (limiar de 06:30), encerrando seu trabalho ao final do dia (limiar de 17:30), ocorrendo sua maior atividade entre 07 horas e 10 horas. A menor temperatura registrada para a saída foi de 14,5ºC, com forrageamento ocorrendo com umidade relativa superior a 37,5%. Quanto ao vento, a maior velocidade registrada foi de 7 m/s, que não impediu a saída das abelhas. O maior esforço de coleta de pólen ocorreu por volta das 16 h, declinando intensivamente até às 17 h. A coleta de néctar mais intensa ocorreu por volta das 8 h, declinando até às 11 h, ocorrendo um aumento mínimo às 13 h em relação às 11 h, após ocorrendo declínio novamente até as 16 h, com um aumento mínimo às 17 h (sendo essa a última saída do dia). Aproximadamente 7% das abelhas saem da colônia com detritos, sendo que 93% saem sem carga alguma. Durante o período, verificou-se que 1,11% de abelhas entram na colonia com barro, 0,44% com resina, 8,2% sem carga alguma, 17,69% com pólen e 72,56% com abdômen dilatado, podendo ser néctar ou água. Foi observado que a umidade tem influência no forrageamento da espécie em foco, enquanto que os outros fatores abióticos não mostraram grande relevância para coletas ou forrageamento. O trabalho será prosseguido nas próximas estações.

ISSN: 1808-1665