Os cuidados paliativos - CP - visam melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de uma doença terminal, oferecendo-lhes alívio do sofrimento nas esferas física, psicossocial e espiritual. Esta pesquisa, exploratória e qualitativa, teve como objetivo compreender as vivências de profissionais da saúde que prestam CP em hospitais de Joinville, considerando a educação continuada e permanente envolvidas na formação dos mesmos. Para a coleta de dados realizou-se entrevistas semiestruturadas e não diretivas com seis profissionais de dois hospitais privados, sendo: três psicólogas, uma capelã hospitalar, uma fisioterapeuta e uma enfermeira. Autores como Porto e Lustosa (2010), Aguiar et al. (2006), Mabtum e Marchetto (2015) e entidades como a Organização Mundial da Saúde (2007) subsidiaram a construção do conhecimento. A partir da análise de conteúdo das entrevistas, averiguou-se que existe uma falha da graduação quanto ao debate do processo de morte e morrer, sendo que são as vivências e cursos de educação continuada que prepararam as entrevistadas para lidar com essa demanda. Essa falha se manifesta na dificuldade de comunicação, no excesso ou falta de sensibilidade e resistência presente na prestação dos CP. Entretanto, as entrevistadas demonstraram um cuidado com o paciente que vai além daquilo que lhes é exigido quanto ao desempenho técnico de suas funções. Por fim, entende-se que diálogos sobre a morte são tabus e envoltos por uma série de emoções e sentimentos complexos que necessitam ser discutidos.