Lagoas costeiras são ambiente aquáticos de transição entre ambientes de água salgada e água doce e que apresentam canais estreitos e de pouca profundidade que os comunicam com o ambiente marinho adjacente. São sistemas formados e mantidos pela ação contínua de ventos, ondas, variações das marés e regime de chuvas. Nos fundos inconsolidados desse ecossistema são encontradas as comunidades de organismos bentônicos. Nele algumas mudanças ambientais são importantes para essas comunidades através das mudanças de salinidade, decorrente de períodos de maior ou menor pluviosidade e ação dos ventos que movimentam as massas d´água do mar para o interior da laguna e vice-versa. O objetivo desse trabalho foi determinar a densidade e composição da macrofauna bentônica em uma área da lagoa do Forte. A amostragem da macrofauna bentônica foi realizada em setembro de 2017 no intermareal da lagoa com o auxílio de um amostrador de PVC de 0,02m2. Foram determinadas a salinidade, temperatura e pH da água e coletadas amostras de sedimento para determinar as porcentagens de carbonato de cálcio e matéria orgânica. A temperatura foi de 18,5oC, o pH foi 8,03 e a salinidade 34. A concentração de matéria orgânica foi de 0,35% e a porcentagem de carbonato de cálcio foi de 2,24%. A riqueza foi de 6 táxons/0,02m2 e a densidade total da macrofauna bentônica foi 70 inds./0,02m2. O poliqueta Lumbrineris januarii dominou em densidade, seguido dos bivalves Tellina sp. e Anomalocardia brasiliana e uma espécie de Gastropoda não identificada. Em princípio as características da água e do sedimento da lagoa proporcionaram a ocorrência e domínio desses táxons, caracterizando uma área da Lagoa do Forte.