Atualmente em testes toxicológicos um microcrustáceo muito utilizado é Daphnia, pois são importantes na cadeia trófica, como produtores primários em ambientes aquáticos podendo alterar fatores populacionais e comportamentais em outros níveis tróficos nos ecossistemas aquáticos. A Daphnia apresenta um bom desempenho para o uso em testes de toxicidade, devido a viabilidade de serem cultivados em laboratório, permitindo a aquisição de populações homogêneas, sensibilidade constante e com padrões controlados. Os teste de sensibilidade dos cultivos de Daphnia são realizadas mensalmente, com objetivo de assegurar a qualidade dos mesmos dentro dos padrões internacionais e garantir a validação dos testes realizados, conforme ISO 6341 (ISO, 1996). Para isso os testes realizados de toxicidade aguda com a substância de referência dicromato de potássio (K2Cr2O7). Consideram-se aptos para utilização em testes os neonatos produzidos em lotes de cultivos que apresentam CE50 24h entre 0,6 e 1,7 mg/L de dicromato de potássio (ISO 6341,1996). O Instrumento Daphniatox é programado para realizar análises de multiplas imagens computadorizada rastreando o microcrustáceo em natação no tempo imediato. O software analisa 14 parâmetros fisiológicos sendo alguns: motilidade, velocidade de natação, orientação com em relação à luz e à gravidade, assim como à forma e o tamanho do microcrustáceo. O software realiza analises constantes dos vetores de movimento de um grande número de organismos para garantir significância estatística e realiza os cálculos para a média dos valores, bem como desvio padrão. Testes realizados com o Daphniatox utilizando dicromato de potássio, o mesmo composto utilizado para os testes mensais de sensibilidade, mostram que ocorre a inibição da motilidade (EC50 0,75 mg / L), velocidade de natação (CE50 0,70 mg / L), induz uma diminuição significativa no comprimento (16% a 4 mg / L) e altera a forma dos animais, conforme descrito por (ERZINGER & HADER, 2017). O Daphniatox pode realizar testes tóxicológicos para monitorar da toxicidade de muitos poluentes encontrados dissolvidos em meio líquido, substâncias tóxicas e poluentes orgânicos persistentes. Realizando testes toxicológicos com o Daphniatox com o hormônio estanozolol permitiu observar a inibição dos parâmetros de motilidade, alinhamento, ativação dos parâmetros de compactação, nado ascendente, área e velocidade, para dados estatísticos mais sólidos, serão realizadas várias réplicas dos testes toxicológicos, assim comprovando a significância dos dados estatísticos obtidos até o momento.