5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

Quebra de dormência e testes de germinação de sementes de espécies nativas da floresta ombrófila densa da APA Serra Dona Francisca e Jardim Botânico da UNIVILLE, Joinville, Santa Catarina, Brasil.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: dormencia, mata atlantica, substratos

As sementes permitem a variabilidade genética das populações, já que resultam da reprodução sexuada. A germinação está associada aos processos fisiológicos da semente, depende de fatores ambientais, envolvendo água, luz, temperatura e oxigênio. Para se verificar todo o processo germinativo acontecendo, é necessária a instalação de testes de germinação. Estes devem seguir um procedimento padrão recomendado pelas Regras para Análise de Sementes – RAS, que normatizam a análise de sementes e a ocorrência da germinação nas condições ótimas e adequadas para cada espécie. Algumas espécies, mesmo dispondo de condições ideais, apresentam algum tipo de impedimento à germinação de suas sementes, caracterizando tecnicamente como dormência. O estudo busca avaliar o melhor substrato para a germinação, qual a técnica de superação de dormência mais eficaz e qual a porcentagem de germinação de sementes de espécies nativas. As sementes foram coletadas em duas sub-bacias na bacia hidrográfica do Rio Cubatão (Alto e Baixo Cubatão), na APA Serra Dona Francisca e no Jardim Botânico da UNIVILLE, no munícipio de Joinville/SC. O experimento foi conduzido na Casa de Sementes do Jardim Botânico – UNIVILLE, entre agosto de 2017 e Julho de 2018. Depois de colhidas as sementes foram beneficiadas por debulha manual e higienizadas para realizar o tratamento de quebra de dormência. Os substratos utilizados foram terra adubada e substrato comercial Carolina Soil e as avaliações realizadas em 7, 14 e 21 dias. Sementes de Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae), Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng. (Magnoliaceae), Virola bicuhyba (Schott) Warb. (Myristicaceae), Chrysophyllum viride Mart. & Eichler (Sapotaceae) foram testadas. Como critério de normalidade de plântulas consideraram-se as que apresentassem parte aérea sem deformações e com eófilos desembricados e sistema radicular desenvolvido. Obteve-se a taxa de 100% de germinação para E. speciosa e de 63,54% para C. viride. O tratamento mais eficaz para a superação de dormência de sementes de E. speciosa foi um corte no tegumento próximo ao hilo. As sementes de M. ovata, mesmo imersas em água, não germinaram no prazo de 21 dias, necessitando um período mais longo para germinação, que pode ser de até 90 dias. As sementes de V. bicuhyba e C. viride não foram submetidas à tratamentos pré-germinativos e a taxa de germinação foi alta, embora em V. bicuhyba (100%) só ocorreu após 60 dias. Apesar disso, sugere-se novas análises com técnica de superação de dormência para acelerar o processo germinativo.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665