5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

ARCUPA: A Arte que ao presente pertence

Palavras-chave: Arte contemporânea, Efemeridade, Produção simbólica

Esta pesquisa tem por objetivo pensar a produção artística contemporânea, cuja linguagem tem, como uma de suas características, ser efêmera. A efemeridade é uma das marcas da arte em um mundo, que vive em constante mudança de desejos e apegos, é objetivada e pensada propositalmente para questionar e acontecer de uma forma tal, naquele único momento de existência palpável. Com o foco na Arte como meio de apreciação e endeusamento pelos críticos de arte e o público consumidor, busca-se entender sua utilidade, se não, a necessidade de uma arte que é momentânea para a ideia que muda continuamente, tal como no mundo globalizado. A metodologia é de natureza qualitativa, fundamentada na pesquisa bibliográfica, com visitas in loco a exposições de arte e a interação com obras contemporâneas. Como objeto de estudos definiu-se produções que tem como essência ser arte efêmera. A produção artística selecionada para este estudo foi a de Mark Formanek, intitulada Standard Time (2007-2018), por ser icônica do tempo presente. O estudo tem como uma de suas referências a Teoria de Campo, pensada e formulada por Pierre Bourdieu (2002), articulada com a premissa de emancipação do espectador, por meio da análise dos textos de Jacques Rancière (2012), espectador esse, que originalmente tende a estar preso em ciclos fechados de ações que se repetem, de formas ordenadas ou mesmo desordenadas, mas que culminam para uma mesma ideia primordial de tomadas de produção simbólica e de apropriação dessas produções. Mesmo após seu fim expositório a obra continua existindo apenas na memória de quem a presenciou, a partir desse momento, o de sua finitude. A obra ainda existirá? Ainda será arte? Ou melhor ainda existe Arte após o fim? Como resultado a pesquisa evidenciou uma nova percepção dos caminhos que a arte e os seus criadores estão tomando na trajetória da própria arte, elucidando e compreendendo a sua importância, quanto ao vínculo e pertencimento dos criadores, ligado a não existência de algo que existe mentalmente ou emotivamente em seus apreciadores, críticos e consumidores da arte. No pensar, analisar e discutir a efemeridade da arte, foi possível entender a historicidade da arte passada com maior vivacidade e também foi possível analisar mais intuitivamente a arte futura, pensando no legado atual de nossos criadores do presente.

ISSN: 1808-1665