5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

A leitura e a escrita dos professores formadores de professores

Palavras-chave: formação docente, letramento, leitura e escrita

O presente resumo consiste em um recorte da pesquisa intitulada "Os professores formadores de professores: trajetórias e ações de letramento", realizada com professores das Licenciaturas e/ou Curso de Pedagogia da Univille. O objetivo principal da pesquisa foi contribuir para as discussões sobre letramento acadêmico a partir do levantamento quanto às atividades de leitura e escrita e as formas de encaminhamento promovidas pelos professores dos cursos de licenciatura e de Pedagogia da Univille. Os sujeitos da pesquisa foram 31 professores que responderam questões referentes ao perfil geral de atuação na docência e questões ligadas ao letramento do professor. Para o recorte apresentado foram analisadas as questões referentes às práticas de leitura para a ação docente e além dela e as práticas de escrita que podem ou não ser relacionadas à docência. O tempo diário que os professores despendem para a leitura varia de 2 a 5 horas, como maiores recorrências. Para a escrita o tempo de 1 a 3 horas diárias foram as mais assinaladas. Entre as leituras que costumam ser feitas para a prática docente as maiores recorrências são os artigos, livros, revistas especializadas, dissertações e teses. As leituras que envolvem a legislação também são bastante citadas. Nas leituras para além da prática docente tem destaque a leitura de jornais, revistas e literatura. No ambiente digital as leituras variam entre artigos, jornais, redes sociais, aplicativos de mensagens, livros técnicos, entre outros. A escrita foi considerada inerente à prática docente, seja nos planejamentos, avaliações, relatórios, atividades de organização ou preparação de conteúdos para as aulas. Percebeu-se um número significativo de docentes que afirmaram apenas escrever para a prática docente. No entanto, a variedade de escritas da esfera literária, cotidiana e os usos sociais da escrita em diferentes espaços reportados, denota como os professores formadores de professores são sujeitos inseridos em um cotidiano de múltiplos usos da escrita, mesmo que os usos acadêmicos e escolares aparentem ser mais valorizados do que os outros usos. Os conceitos de letramento são apoiados nos estudos de Street (2003); Soares (2009); Cerutti-Rizzatti (2009). Para as reflexões sobre o letramento acadêmico os principais autores são Marinho (2010); Fiad (2011) e Fischer (2015).

ISSN: 1808-1665