7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE BIOMATERIAIS COMPOSTOS DE CELULOSE BACTERIANA E POLISSACARÍDEOS FÚNGICOS

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: celulose bacteriana, schizophyllan, biomateriais

Os polímeros de fontes renováveis e biodegradáveis estão cada vez mais despertando o interesse científico. A celulose bacteriana (CB) é um exopolissacarídeo cristalino, biocompatível, biodegradável, resistente e não tóxico, utilizado em áreas como medicina e indústria alimentícia. Na medicina, há um grande destaque para o uso da CB em tratamentos de lesões de pele. Já o SPG é um exopolissacarídeo fúngico com atividade antitumoral, imunomoduladora e anti-inflamatória. A produção de compósitos de CB objetivando unir as suas propriedades com as de materiais de interesse tem sido muito estudada. Com esse intuito, no presente trabalho, desenvolveu-se misturas de CB-SPG, com soluções aquosas de SPG (1% m/v) de 2,5 e 5 mL, através do método de incorporação in situ, para avaliar a incorporação do polissacarídeo fúngico nas membranas de CB formadas em meio de cultura líquido. Foram realizadas as análises de FTIR, TGA e o teste de capacidade de reidratação para avaliar a pureza dos polímeros e confirmar a incorporação de SPG nas membranas de CB. Os espectros de FTIR obtidos das amostras são bastante semelhantes aos encontrados na literatura, indicando a pureza dos polímeros. Observou-se nesta análise que o aumento da quantidade de SPG incorporado provoca diminuição da intensidade dos picos das membranas, sugerindo que houve incorporação do SPG. A análise de TGA também confirmou a pureza da CB, apresentando as mesmas regiões de degradação que a literatura. Por outro lado, para o SPG, alguns picos presentes nas curvas de TGA sugerem que o mesmo não foi obtido na sua forma mais pura, e o pico característico da decomposição térmica relatado na literatura não foi identificado. O teste de capacidade de reidratação confirmou a alta capacidade da CB em absorver água. Observou-se que após as primeiras 24 h de teste já ocorreu absorção máxima. A diminuição desta capacidade para o caso das membranas de CB-SPG 0,05 sugere novamente que o SPG incorporado pode ter se ligado aos grupos hidroxilas da CB.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665