7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Desenvolvimento de um polímero biodegradável e hidrofóbico a base de amido de banana verde associado a celulose bacteriana (CB) visando aplicação em produtos de rápida descartabilidade

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Amido de banana verde, celulose bacteriana, biopolímero

O presente trabalho relata o desenvolvimento de um polímero produzido a base de amido de banana verde associado à celulose bacteriana e glicerina com característica hidrofóbica, visando aplicação em produtos de rápida descartabilidade. Para a extração do amido, as bananas verdes foram lavadas, cortadas e submersas em bissulfito de sódio a 1% e armazenadas em geladeira por 24 h. Após, foram trituradas em liquidificador na presença de água destilada e peneiradas. A solução resultante da peneiração foi armazenada para que houvesse a decantação do amido que foi disposto em placas de Petri e seco em estufa a 37 °C. Para a obtenção do farelo de celulose bacteriana foi utilizado a bactéria Komagataeibacter hansenni. Para avaliação da melhor composição para produção de polímeros biodegradáveis a base de amido de banana verde (ABV) com características hidrofóbicas e hidrofílicas, foi realizado um planejamento fatorial 2³ completo com 3 pontos centrais, totalizando 11 amostras, sendo avaliada a influência da concentração de farelo de celulose bacteriana (CB) nos níveis 10 e 30 g/L, glicerina (GL) nas concentrações de 0 e 16 g/L e percentual de metiltrietoxisilano (MTES) na etapa de silanização nas concentrações de 0 e 4% em solução alcoólica. A partir da análise de ângulo de contato foi possível identificar a hidrofobicidade das amostras comprovando a eficácia da silanização. Com base nas medidas de ângulo de contato das amostras do planejamento fatorial foi selecionada a amostra central com as melhores propriedades, contendo 20 g/L de CB, 8 g/L de GL e 4% de silano, uma vez que quanto maior concentração de silano, maior foi a hidrofobicidade do material. A análise de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) apontou as bandas características de silano, comprovando a reação química com MTES, sendo também possível constatar a existência do amido, CB e glicerina. A análise termogravimétrica (TGA) demonstrou que a temperatura de degradação máxima da amostra central silanizada (4%) se apresenta em Tmáx3 = 310 ºC. Com o teste de degrabilidade em solo foi possível identificar que as amostras centrais funcionalizadas demoram mais para degradar devido à sua barreira a umidade, característica que desacelera a degradação por fungos e bactérias.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille pelo financiamento do projeto CNPq pela bolsa PIBITI

ISSN: 1808-1665