Introdução: A diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta diariamente milhões de pessoas ao redor do mundo e se tornou uma causa relevante de mortalidade. Há significativas mudanças nas rotinas pessoais quando comparado a quem não possui a doença, as quais influenciam esses indivíduos em diversos níveis emocionais. Objetivo: Analisar os impactos psicológicos que acometem portadores de diabetes mellitus na cidade de Joinville, em Santa Catarina. Metodologia: Pesquisa de campo, cuja coleta de dados foi realizada através de uma entrevista online gravada com o apoio de um questionário elaborado pela equipe, e a aplicação da escala SRQ-20, para identificar a presença de Transtornos Mentais Comuns. Contou com a participação de 10 indivíduos com idades entre vinte e um e setenta e dois anos e a amostra foi por conveniência. Resultado: Identificou-se que a doença impacta a saúde mental do indivíduo, mesmo que grande parte deles não esteja em sofrimento mental atualmente. A maior dificuldade do participante foi ao receber o diagnóstico da doença, onde os sentimentos foram diversos, como raiva, tristeza e negação, os quais permaneceram até o momento da aceitação. A aplicação de insulina também gerou um certo desconforto de início. Compreendeu-se que o apoio familiar, assim como um acompanhamento médico e psicológico faz com que o diabético se sinta acolhido e mantenha o tratamento, mesmo que a maior parte dos indivíduos tenha certa resistência com o acompanhamento psicoterápico. A Pandemia do Covid-19 também afetou a rotina do diabético e a variação de humor do mesmo, pois tiveram que aderir ao isolamento social e tomar cuidados redobrados por serem parte do grupo de risco, consequentemente, interrompendo atividades diárias, tais como a prática de atividade física e participação em grupos de apoio. O fato de ter conhecimento sobre a doença ajudou o diabético a aceitar e aprender a conviver com ela, auxiliando diretamente a eles, que eram alvos de preconceito, saber reagir perante este cenário. E este, é um dos aspectos que motivam a participação em grupos de apoio, visto que eles fazem com que exista uma troca de informação entre pessoas que têm diabetes ou que convivem com alguém que tenha. Considerações finais: A psicologia tem muito a auxiliar sobre esse fenômeno, observando quais ações podem ser tomadas para auxiliar os portadores da doença a manterem a saúde mental, e refletindo a respeito do papel profissional frente ao tema.