7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Uma revisão narrativa sobre os principais aspectos que permeiam a hesitação vacinal e seus impactos no cenário epidemiológico mundial

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: anti-vacina, saúde pública, vacinação

Introdução: A hesitação em vacinar integrou-se às 10 ameaças à saúde pública global por tratar-se de uma problemática multifatorial com repercussão em todo o setor de saúde. A vacinação constitui a melhor ferramenta custo-benefício na prevenção de doenças infecciosas potencialmente graves, mas a desinformação tem proporcionado aumento de ideias contrárias, culminando em movimentos antivacina, que expandem-se globalmente conforme o ativismo virtual ganha força, somado à autonomia de reclamar liberdade de escolha. Assim, compreender tal problemática não se restringe aos efeitos, mas também ideologia e reverberações na sociedade. Objetivo: Compreender os principais motivos da expansão do movimento anti-vacina, destacar possíveis consequências e importância da vacinação no cenário epidemiológico e de saúde. Metodologia: Revisão narrativa realizada a partir de artigos nas bases de dados PubMed, Google-Acadêmico e SciELO que abordassem o tema “não adesão vacinal”, publicados nos últimos cinco anos. A seleção do material bibliográfico respeitou os critérios de inclusão: disponibilidade nos idiomas português, inglês ou espanhol; relação direta com o objeto de estudo e com a questão norteadora; ter sido publicado nos últimos cinco anos; não apresentar conflitos de interesse. Foram excluídos os artigos publicados anteriormente ao ano de 2015 e que não apresentassem relação direta com o tema. Resultados: O ressurgimento de ideologias contra medidas de saúde têm aumentado e fomentado os movimentos antivacina. Dentre os principais motivos para a hesitação vacinal tem-se a não percepção dos benefícios trazidos, devido às doenças prevenidas terem mínima incidência. Ademais, medo das reações adversas aos aditivos e às toxinas, preocupação com a resposta imunológica e dificuldade no acesso a vacinas contribuem com tal hesitação. Os riscos resultantes dos crescentes movimentos antivacina variam desde surtos locais da doença até ressurgimento onde eram previamente extintas. A importância da vacinação não envolve apenas a proteção individual, mas também a coletiva, além de beneficiar o Estado, no sentido de redução de gastos com tratamentos de doenças facilmente preveníveis. Conclusões: O declínio de adesão às metas vacinais anuais tem sido motivo de preocupação, sobretudo por se tratar de um problema multifatorial e com repercussão em todo o setor da saúde. Diante disso, é dever dos profissionais de saúde envolver-se no processo de instrução da população acerca da importância, segurança e eficácia da vacinação, bem como a explicação dos riscos de doenças infecciosas potencialmente graves. Isso se torna um objetivo mais palpável através da participação de liderança da comunidade junto às instituições de saúde locais.

Apoio / Parcerias: Universidade Estácio de Sá, UNESA, Jaraguá do Sul.

ISSN: 1808-1665