7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

A teoria de Vygotsky e o público-alvo da Educação Especial no Brasil: principais impactos e contribuições

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Trabalho docente, Educação Especial, Transtorno do Espectro autista

A educação especial no Brasil teve uma história baseada na exclusão e no capacitismo. Apesar das diversas conquistas em relação a políticas públicas no âmbito da educação para as pessoas com deficiência, ainda enfrentam-se diversos desafios. Um dos grandes desafios é que haja uma educação inclusiva de maneira efetiva e que o trabalho com o público-alvo da educação especial nas escolas regulares volte-se ao estudante como sujeito em um contexto histórico-social, para além da deficiência. O presente trabalho compõe parte das primeiras investigações da pesquisa-dissertação da mestranda e vincula-se ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade da Região de Joinville – SC. O objetivo principal é explicitar quais são os impactos e contribuições que a teoria histórico-cultural de Vygotsky tem no âmbito da educação inclusiva. Para tal, a base teórica utilizada neste trabalho em relação à teoria histórico-cultural está fundamentada em Vygotsky (1991; 1997; 2009; 2010), Oliveira (1993), Rego (1995), Prestes (2014) e Barroco (2017; 2007a; 2007b), Orrú (2010; 2012) com relação à educação inclusiva por uma perspectiva vygotskyana. Através de uma pesquisa de cunho bibliográfico e qualitativo foi possível perceber que a teoria histórico-cultural tem muito a contribuir em relação à educação inclusiva. Para Vygotsky, o sujeito que possui uma deficiência, não é menos desenvolvido, mas é desenvolvido de outra maneira. Nota-se que os conceitos da teoria como a Mediação e Zona de Desenvolvimento Proximal poderiam auxiliar os profissionais que trabalham com estudantes com deficiência a perceberem que o ambiente escolar é um ambiente de troca, de interação, de relação social e cultural e, para além de um local de socialização, ressaltar o estudo e ensino dos conhecimentos científicos. Desta forma, contribuir para que os docentes e todo o corpo da escola possam, de fato, trabalhar com mais inclusão, a voltar-se para o estudante como um indivíduo completo e não apenas para o déficit.

ISSN: 1808-1665