7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Desafios docentes no contexto de ensino bilíngue

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: desafios, docentes, contexto bilíngue

A pesquisa aborda os desafios que surgem nos depoimentos dos professores que trabalham no contexto de ensino bilíngue de elite considerando que não foram formalmente preparados para exercer tal atividade. Tem por objetivo geral reconhecer os desafios entre a formação inicial e as práticas pedagógicas a partir do que dizem as professoras do contexto. Os dados foram gerados por meio de um questionário respondido por seis professoras, um encontro presencial em formato de grupo de discussão e uma entrevista individual recorrente com uma das docentes. O enfoque metodológico preconizado pela pesquisa qualitativa deu-se por meio da análise crítica de discurso, buscando relacionar os caminhos trilhados nas práticas pedagógicas e as formações iniciais variadas que as docentes apresentam. As reflexões foram embasadas nos estudos dos seguintes autores: García (2009), Megale (2005, 2018, 2019 e 2020), Cavalcanti (1999), Almeida Filho (1993), Cunha (2007), Tardif (2002), Pesce (2008 e 2012), Nóvoa (2009) e Imbernón (2009 e 2011), bem como nos documentos oficiais, tais como a Resolução Estadual de Santa Catarina para a educação bilíngue e os Manuais de Orientação disponibilizados pela escola campo da pesquisa. A questão basilar que orientou a investigação foi: “quais os desafios que atravessam as práticas pedagógicas de professores que trabalham no contexto bilíngue considerando que não foram formalmente preparados para este contexto na sua formação inicial?”. As considerações realizadas com este estudo partem das formações superiores variadas das professoras e das escassas diretrizes específicas que regulamentam a educação bilíngue. Indicamos que os docentes trilham seus caminhos em conjunto, todavia por meio de um tateamento que acontece individualmente em meio às forças potenciais que norteiam suas práticas. Para mais, a autonomia que buscam dar aos alunos não é a mesma que lhes é permitida dentro desse contexto de ensino, o que enfraquece suas noções a respeito de seu próprio protagonismo em sala de aula, mas não as impede de se assumirem professoras e se constituírem como profissionais bilíngues no cotidiano. Suas práticas se baseiam em suas vivências como alunas. Logo, inferimos que os desafios que surgem nas falas poderiam ser evitados caso suas formações iniciais compreendessem uma preparação formal para o trabalho com a educação infantil e séries iniciais e para um contexto no qual uma língua estrangeira é usada intensamente. Entendemos que há indícios de que a formação docente desses professores aconteça de dentro da profissão, no dinamismo do cotidiano.

ISSN: 1808-1665