7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

O reconstruir da natureza: a Floresta da Tijuca e a história do Patrimônio natural no Segundo Império

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Floresta da Tijuca, Brasil Império, História ambiental

As investigações acerca da história ambiental possibilitam uma contribuição importante na atualidade, uma vez que nossas políticas de proteção ambiental criadas desde o século XIX estão sendo desrespeitadas e desmanteladas pelas autoridades, mesmo tendo uma legislação ambiental reconhecida internacionalmente, a mesma está sendo desrespeitada, pois, nos últimos anos nossas florestas sofrem uma devastação sem precedentes afetando todo meio ambiente. Durante o processo de investigação sobre a floresta da Tijuca, um projeto pioneiro em nosso país, que foi implementado na segunda metade do século XIX no Rio de Janeiro, veio em um momento que a então capital do império era assolada por secas e epidemias em especial a febre-amarela, por conta das altas temperaturas na cidade, essas condições foram criadas devido à degradação do solo, em especial pelo cultivo do café que se tinha na região, o café por ser uma planta que absorve muita umidade, prejudicava os mananciais de água que abasteciam a cidade, outro ponto que causou essas crises hídricas foi o aumento da população no Rio de Janeiro. Por pressões da elite imperial, ligadas às instituições científicas, como o Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, Jardim Botânico entre outras, começaram a pressionar para uma resposta às inúmeras crises hídricas, culminado com a, “decisão n. 577, de 11 de dezembro, no 3° Distrito da Inspeção Geral das Obras Públicas da Corte e, subordinada ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, seria criado o Serviço da Administração das Florestas — objetivo recuperação da floresta da Tijuca e proteção dos mananciais.”(Coleção de leis do Império(1822 – 1889). O objetivo, seria analisar o processo de construção das políticas ambientais no Brasil na segunda metade do século XIX e seus diversos atores, explorando principalmente as fontes primárias relacionadas à criação da Floresta da Tijuca. O processo de reflorestamento da tijuca, culminou em uma série de decretos e leis para reforçar a preservação ambiental, muitos dos quais refletem em nossa legislação ambiental, essa construção da legislação no século XIX, criando mecanismos para fiscalizar o corte de madeiras e regularizando essa prática, criando empresas e meios para fazer esses cortes de madeiras e proibindo queimadas em terras públicas, essas medidas refletem uma preocupação da elite intelectual nessa para uma preservação das florestas, pois as repetidas secas e epidemias que ocorriam, era o resultado da degradação ambiental.

Apoio / Parcerias: Bolsa art. 171

ISSN: 1808-1665