7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Políticas educacionais e a formação inicial do pedagogo: complexidades e fragilidades na perspectiva de inclusão do estudante com deficiência

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Formação Inicial, Inclusão, Estudante com Deficiência.

A formação inicial e as orientações mencionadas nas políticas públicas educacionais em direção ao movimento de inclusão do estudante com deficiência na educação básica, é uma ressignificação necessária ao processo formativo. A educação na contemporaneidade requer saberes ecléticos, empatia e novas competências do profissional docente no contexto escolar, espaço de encontro das diversidades humanas. A educação do estudante com deficiência na escola regular não é e nem pode ser compreendida, apenas como inclusão por si só, mas igualmente educativa e política no sentido de garantir o direito de serem respeitados naquilo que os diferencia. Pensemos na frase de Mittler (2008, p. 15) “inclusão não diz respeito a colocar as crianças nas escolas regulares, mas a mudar as escolas para torná-las mais responsivas às necessidades de todas as crianças”. Perante o cenário desafiador, justifica-se o estudo das políticas públicas de formação inicial no intuito de refletir sobre as complexidades e fragilidades da formação docente. Pensar na construção de um sistema de ensino inclusivo que possa atender as diferenças presentes no campo de atuação escolar. Nessa perspectiva, apresentamos um recorte da pesquisa de mestrado em desenvolvimento com o tema Formação inicial nos Cursos de Pedagogia no Brasil e Chile: e o trabalho Docente com Estudantes com Deficiência. Baseia-se no estudo bibliográfico e documental no campo da abordagem qualitativa, acerca das políticas de formação inicial, foram analisadas as principais legislações dos países. Os dados coletados em sítios oficiais e in loco nas instituições. Percebe-se que as políticas públicas de formação inicial, ao longo das últimas décadas, tenderam ao movimento de inclusão do estudante com deficiência. Todavia, essa temática é abordada de maneira particularizada em disciplinas específicas, isoladas tendo uma carga horária exígua na formação, para atuação na prática que provoca uma desarmonia entre os profissionais e os participantes do sistema escolar. O processo inclusivo busca consolidar a interação, a equidade e o respeito as diferenças. Quando lemos as políticas compreendemos os direcionamentos no processo de formação docente, os quais impactam na formação de um profissional generalista com base teórica reducionista que irá comprometer futuramente o trabalho desse docente caso haja alguns aspectos mais específicos do trabalho. Essas políticas orientam a formação, mas ao olhar para o trabalho docente percebe-se as fragilidades e lacunas, existentes no processo de educação inclusiva.

ISSN: 1808-1665