7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Gestão no artesanato local: o caso do grupo musas de Corupá/SC

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gestão do conhecimento, Artesanato, Inovação

A Associação dos Bananicultores de Corupá/SC (Asbanco) é uma associação dos produtores que apoia a produção e a comercialização da banana da região. Essa entidade também incentiva inúmeras atividades, dentre as quais está o artesanato produzido pela “Associação Musas de Corupá”, ou simplesmente “Musas”. Esse grupo é composto por mulheres das famílias de bananicultores da Asbanco e que utilizam como matéria-prima a fibra do pseudocaule da bananeira. Recentemente, alguns projetos de pesquisa foram desenvolvidos por pesquisadores da Univille em conjunto com essas mulheres, sempre procurando agregar valor aos artefatos produzidos e, com isso, melhorar as condições dessas atividades. Em particular, um projeto desenvolveu um processo de tingimento simples e eficaz à base de corantes têxteis, o qual permite uma maior gama de aplicações desse material. Porém, o que se percebe é que há uma dificuldade em gerir todas essas atividades e conhecimentos a elas repassados, seja por falta de documentação, seja por características das faixas etárias das gerações de mulheres envolvidas. Assim, o objetivo geral dessa pesquisa é promover processos de gestão no grupo de artesanato local Musas de Corupá/SC, particularmente na adoção de um processo de tingimento das fibras utilizadas nos trabalhos das artesãs. Como objetivos específicos pode-se destacar: analisar a viabilidade da adoção da técnica de tingimento das fibras; levantar fornecedores e parceiros na aplicação dos processos; realizar a gestão do conhecimento do processo. Esse projeto tem abordagem qualitativa, com objetivos que o enquadram como pesquisa exploratória. Já quanto aos procedimentos trata-se de pesquisa bibliográfica, contando com levantamentos sistemáticos em fontes bibliográficas especializadas para a caracterização e discussão do objeto de estudo. Também é prevista uma fase em campo, a qual foi postergada em função da pandemia do SARS-Cov-2. O levantamento realizado permitiu concluir que dificilmente será viável que as artesãs comprem os pigmentos, devido ao baixo volume de utilização. Porém, podem ser estabelecidas parcerias com empresas da região que já utilizam esses insumos para viabilizar sua aquisição. Além disso, para registro do processo está sendo elaborada uma cartilha, a qual permitirá que as mulheres do grupo possam ter acesso fácil e rápido aos detalhes da formulação e procedimentos para obter os materiais. Por fim, entende-se que a gestão de materiais e de conhecimento é necessária tanto para grandes empreendimentos quanto para pequenos grupos de artesãs.

ISSN: 1808-1665