O cogumelo Agaricus blazei, também chamado popularmente de cogumelo do sol, foi descoberto na década de 60 no município de Piedade (SP) e tem se adaptado bem no clima quente e úmido de Santa Catarina. A espécie Agaricus blazei começou a despertar grande interesse a partir de estudos científicos que atribuíram a este cogumelo propriedades medicinais, sobretudo no uso conjunto a terapias contra tumores cancerígenos. As propriedades medicinais tais como atividade antitumoral, antiviral, hipocolesterolêmica, ativadora do sistema imunológico, entre outras, estão associadas a polissacarídeos do tipo beta-glicanos com ligações beta 1,3 e 1,6 presentes na parede celular do fungo. A técnica de cultivo de A. blazei é similar a do “champignon de Paris” (Agaricus bisporus), ou seja, o composto para cultivo tem, como regra geral, o componente volumoso a base de palhas, capim ou outros materiais fibrosos, geralmente muito ricos em carbono (C) e pobres em nitrogênio (N) e fósforo (P), e componentes concentrados (normalmente farelos e tortas), incorporados em quantidades adequadas para atingir as relações C:N:P de 30 a 37:1:0,2. Esta relação C:N:P é obtida após a compostagem prévia dos materiais lignocelulósicos utilizados como substrato. Sendo assim, os objetivos desse trabalho são: (a) determinar a concentração de polissacarídeos presentes nos corpos frutíferos de A. blazei produzidos em substrato previamente compostado por Pleurotus spp (substrato residual) e (b) avaliar o potencial antiviral de diferentes extratos obtidos do corpo frutífero de Agaricus blazei cultivado em substrato residual do cultivo de P. ostreatus, contra o vírus herpes simplex do tipo 1 (HSV-1). Este trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento, ou seja, na fase de produção de composto residual de Pleurotus spp. e corpos frutíferos de A. blazei. As metodologias que serão utilizadas estão sendo testadas em corpos frutíferos obtidos em trabalhos anteriores.