A demanda crescente por água tem feito do reuso planejado ou da reciclagem da água, um tema atual e de grande importância. Neste contexto, deve-se considerar o reuso e a reciclagem da água como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente dos recursos hídricos, o qual compreende também o controle de perdas e desperdícios. Levando-se em conta estes aspectos, e observando-se o atual momento em que se discute o racionamento de água devido à escassez de mananciais disponíveis, a lavagem de veículos apresenta um alto consumo deste recurso natural. Além disso, as águas residuárias geradas quase nunca são submetidas ao tratamento e disposição final adequados. Portanto, este tipo de prática pode contribuir ainda mais para futuras limitações na disponibilidade de água superficial e subterrânea, tanto pela captação demasiada, como pela contaminação das mesmas. Sabendo-se dos crescentes problemas ambientais e dos eminentes problemas de escassez de água que as populações já enfrentam, a presente pesquisa busca quantificar os postos de combustíveis do município de Joinville que possuem unidades de lavação de automóveis, adquirir dados estimados sobre o gasto hídrico desta atividade, bem como a verificação de quantos estabelecimentos possuem cisternas para a captação da água pluvial e se realizam algum tratamento do efluente gerado por este serviço. Iniciou-se o trabalho desenvolvendo um questionário para a posterior coleta de dados nos postos de combustíveis, levantando informações com os proprietários ou responsáveis pelo estabelecimento, visando, dentre outros, a determinação dos seguintes aspectos: método de lavação utilizado; quantidade média de veículos por dia que são submetidos à lavação; método de captação do recurso hídrico; possível reutilização da água residuária. Os dados obtidos até o momento indicam: os postos de combustíveis existentes em Joinville não possuem um controle da quantidade de água que é gasta somente na lavação dos veículos; grande parte dos estabelecimentos possuem poços artesianos ou cisternas para captação de água da chuva ou desejam implantá-las; a maioria deles está ciente da responsabilidade que possuem no que diz respeito ao consumo racional do recurso hídrico; mostram-se interessados no desenvolvimento de um sistema de tratamento completo do efluente gerado para posterior reutilização do mesmo, visto que os estabelecimentos que submetem seus efluentes a algum tratamento, não conseguem reutilizá-los pois o tratamento empregado pelos postos até o momento consiste geralmente de caixas separadoras de água e óleo, tratamento cujo resultado não permite o reuso do efluente.