A fibra de vidro é um material comumente utilizado no desenvolvimento de produtos, principalmente por ter excelente resistência à corrosão e umidade, manter suas propriedades mecânicas sob altas temperaturas, além da facilidade de processamento e baixo custo. Porém, é um material de difícil reaproveitamento, além de ser altamente tóxico às pessoas que estão em contato direto, podendo ocasionar doenças respiratórias. Tendo a possibilidade de desenvolver produtos utilizando-se de recursos naturais renováveis, na busca pela minimização de resíduos, a literatura apresenta algumas formas para reduzir a manipulação desse material, propondo a substituição total dessas fibras por fibras orgânicas ou a utilização conjunta da fibra de vidro com as fibras vegetais, denominados híbridos. Dentre as fibras naturais, busca-se aplicar aquelas provenientes de resíduos agro-industriais da região de Joinville (SC), como por exemplo, a fibra de pupunheira, proveniente de uma propriedade localizada na Estrada do Quiriri. A proposta deste trabalho é desenvolver tramas de fibra de forma a obter telas com 0,5 cm e 1,0 cm de espaçamento entre elas e aplicá-las juntamente com mantas de fibra de vidro em matriz poliéster insaturado na proporção matriz/fibra de 10% em massa. Para tanto, foram utilizadas as fibras existentes nas folhas da pupunheira, selecionadas e submetidas à raspagem para remoção de células clorofiladas e parenquimáticas. Desenvolveram-se bases de silicone perfurados em intervalos de 0,5 cm, nos tamanhos 14x16cm e 19x30cm para a confecção das tramas. Durante a composição das tramas observou-se o aumento da rigidez do material com a redução do espaçamento. Essas malhas serão intercaladas com mantas de fibra de vidro para a obtenção dos compósitos na matriz poliéster.