O desenvolvimento de metodologias eficientes para a realização de levantamentos e inventários de referência do ambiente costeiro, mostra-se de grande importância para a otimização de amostragens, bem como para a avaliação sistemática dos recursos ambientais. Tais ferramentas tornam-se especialmente úteis para promover a cooperação técnica e científica nos campos da conservação da biodiversidade e do uso sustentável de recursos naturais, gerando assim subsídios técnicos no âmbito do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. Neste sentido presente objetiva levantar os estudos técnico-científicos já realizados na Baia da Babitonga, no intuito de inventariar seus dados e informações e, organizá-los num Sistema de Informação Geográfica da Baia da Babitonga (SIGBA). Este trabalho é realizado a com o apoio da estrutura e acervo do Centro de Cartografia Digital da UNIVILLE (CCD), e utiliza o programa Arc GIS/Arc View 9.1. Primeiramente, foi construída uma base cartográfica a partir de cartas topográficas produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE (escala de 1:50.000), bem como as cartas náuticas da Diretoria de Hidrografia e Navegação(DHN) da Marinha do Brasil(escalas variadas). Posteriormente, está sendo efetuado um levantamento bibliográfico em bibliotecas, redes virtuais e departamentos como os de Ciências Biológicas, Geografia e os demais que possuem trabalhos publicados referente ao objeto desse levantamento. Devido à grande parte dos trabalhos já realizados estarem dispostos em variados formatos e provenientes de métodos distintos, fez-se necessário efetuar uma pré-classificação dos dados de acordo com suas áreas de conhecimento principal, escala espacial, e área geográfica. Foram levantados até o presente momento, 27 trabalhos, dos quais apenas 08 são passiveis de espacialização. Estes estão classificados em 37,03% na área de Ecologia, 14,8% em Biologia, 11,11% em Oceanografia, Química e Aqüicultura e 14,84% em outras áreas diversas. Vale ressaltar que apesar de constarem as coordenadas geográficas, grande parte dos trabalhos, não informam o datum utilizados, a escala de trabalho, o que dificulta sua espacialização. A elaboração de um Sistema de Informação Geográfica oportuniza a participação mais efetiva da universidade em ações de gestão ambiental, e colabora de forma geral, ao fortalecimento institucional, enquanto referência regional em relação a dados e informações ambientais na região.