12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Efeito de diferentes tratamentos químicos nas propriedades mecânicas dos compósitos de fibras de palmito pupunha como reforço em resina poliéster insaturado

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fibra natural, tratamentos, propriedades mecânicas

O cultivo de palmito pupunha vem crescendo na região de Joinville, e com ele, crescem também os rejeitos, tais como caule, pseudocaule e folhas, gerados em grande quantidade durante a extração do palmito. Para diminuir o impacto causado a partir desta cultura, a proposta deste trabalho é a utilização de parte desses rejeitos, para a confecção de materiais compósitos, sendo a matriz resina de poliéster e a fibra, retirada das folhas do palmito pupunha. Este trabalho avaliou também a influência de diferentes tratamentos químicos nas fibras de palmito e seu reflexo sobre a morfologia e a estabilidade térmica das mesmas. As fibras foram obtidas a partir da raspagem das folhas, posteriormente cortadas em comprimento de 25mm e secas à temperatura ambiente em local arejado. Em seguida, receberam tratamentos com hidróxido de sódio (NaOH) 5% v/v por 72h e acrilonitrila (C3H3N) 3% v/v por 120h, sendo as fibras retiradas a cada 24h. As fibras foram observadas ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) e analisadas por termogravimetria e termogravimetria derivada (TG/DTG) para avaliar o melhor tempo para cada tratamento. Após avaliação destes resultados, foram preparados compósitos de resina poliéster insaturado reforçados com fibras de palmito pupunha, tratadas previamente com NaOH por 72h e C3H3N por 24h. Os corpos de prova para os ensaios de tração e impacto foram usinados segundo as normas ASTM D-638 e ASTM D-256, respectivamente. Concluiu-se por MEV, que a C3H3N foi mais agressiva quando comparada ao NaOH, pois as células de parênquima foram retiradas em menor tempo. As análises de TG/DTG mostraram que apesar de não influenciar na absorção de umidade, a acrilonitrila degradou a fibra após 48h. Por outro lado, o hidróxido de sódio favoreceu a absorção de umidade, tendo degradado a fibra após 48h. Os valores do Módulo de Young dos compósitos reforçados com as fibras tratadas com NaOH e C3H3N aumentaram em 21% em relação às fibras não tratadas, enquanto que, com o tratamento de H2O2 (MOREIRA et al, 2007) foi 32% inferior. Como o esperado, os valores do Modulo de Young dos compósitos com 10 e 25% de fibra de vidro respectivamente, 89 e 133% foram superiores aos compósitos resina/ fibra sem tratamento 10%. Os tratamentos realizados nas fibras de palmito pupunha não exerceram influência significativa nas propriedades de tração e de impacto dos compósitos em relação às fibras que não foram submetidas aos tratamentos.

Apoio / Parcerias: CCT/UDESC;CNPq.

ISSN: 1807-5754