A polinização é fundamental para a expressividade de produção vegetal e sabe-se que as abelhas são importantes agentes polinizadores, tanto em ecossistemas naturais quanto em agrobiodiversidade. São desenvolvidas atualmente atividades de fruticultura de clima temperado no Planalto Norte Catarinense, em especial o cultivo de morangos, assim, é de grande importância conhecer as espécies de abelhas presentes na produção vegetal da região, mapeando, ainda, suas preferências em cultivos. O município de Campo Alegre carece de dados sobre sua apifauna e, assim, o presente estudo se propõe realizar o levantamento das espécies de abelhas em cultivos de morango. Foram selecionadas 2 áreas de estudo no município, uma situada em área urbanizada (área 1), e a outra, em área rural (área 2), ambas com a cultivar San Andreas, com dois mil morangueiros cada uma. Foi estabelecido um período de 6 horas de coleta por dia de amostragem (das 06:00 horas às 12:00 horas), realizada em dias de propícios para a saída de abelhas (presença de luz solar). Foram utilizadas redes entomológicas para a captura de abelhas nas flores, dentro do plantio de área protegida. Cada área está sendo amostrada quinzenalmente, durante 12 meses, temperatura e umidade sendo registradas a cada hora de amostragem. As abelhas coletadas são colocadas em frasco com acetato de etila e, após, conservadas com etiquetas de registro em micro tubos (eppendorf). Em laboratório, as abelhas são montadas em alfinetes entomológicos e etiquetadas para posterior identificação. Devido à pandemia causada pelo Sars-CoV-2, causador da Covid-19, não foi possível realizar coletas quinzenais todos os meses, tendo sido assim realizadas 18 coletas na área 1 e 21 coletas na área 2, totalizando 39 coletas em campo (as 2 áreas juntas) e 234 horas de esforço amostral (as 2 áreas juntas). As coletas iniciaram-se em setembro/2020 e finalizaram em agosto/ 2021 Foram amostrados até o momento, nas duas áreas juntas, 1540 indivíduos. Foram identificadas as espécies Apis melífera (702 indivíduos), Trigona spinipes (496 indivíduos), Bombus (Fervidobombus) pauloensis (06 indivíduos), Plebeia sp. (245 indivíduos) e Dialictus sp. (60 indivíduos), além de outras espécies da família Halictidae (com pelo menos 04 gêneros), havendo ainda 31 indivíduos a serem identificados. As espécies identificadas até o momento confirmam resultados obtidos em trabalhos semelhantes.