8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

Decisões bioéticas diante da medicina como escatologia secularizada

Palavras-chave: Medicina, Bioética , Escatologia

O presente artigo busca refletir sobre decisões bioéticas no contexto da medicina como escatologia secularizada e tem como objetivo proporcionar uma discussão interdisciplinar da bioética com os estudos culturais, a teologia e a filosofia. O tipo de pesquisa utilizada é a pesquisa bibliográfica, abordando temas da história e da bioética, bem como acerca da visão dos seres humanos sobre a bioética e a relação interdisciplinar entre política, biologia e teologia. A metodologia de investigação também é a bibliográfica, a partir da obra Sapiens: Uma breve história da humanidade (2020), de Yuval Noah Harari, com abertura para outros autores acionados nos textos pesquisados em plataformas digitais. A pesquisa contempla temas voltados à proteção, valorização, transmissão, difusão e apropriação social da bioética e da cultura ao investigar e problematizar a dimensão simbólica que se encontra historicamente inscrita na memória cultural. O artigo busca, assim, ressaltar a visão de Yuval Noah Harari sobre a ciência como uma promessa de vida eterna e de um mundo sem males, que vencerá as doenças e o sofrimento. Isso porque a sociedade pós-moderna, vivendo em uma era de grande evolução tecnológica, possibilitou às pessoas terem uma vida mais prática e confortável. Porém, para que tenham acesso a esses recursos, que a cada dia evoluem mais, elas precisam comprar os produtos e serviços que são lançados no mercado (ROCHA, 2020). Os avanços científicos ameaçam substituir a seleção natural pelo modelo de design inteligente, que pode ocorrer pela engenharia biológica, engenharia cyborg ou engenharia da vida inorgânica. Hoje, é possível a clonagem de células. Por isso, os ativistas dos direitos humanos temem que a engenharia genética possa ser usada para criar super-humanos (HARARI, 2020). Segundo Harari (2020, p. 408), acreditava-se, até então, que os sapiens seriam incapazes de se libertar dos limites biológicos. Entretanto, no início do século XXI, os humanos estão transcendendo esses limites, começando a violar as leis da seleção natural, substituindo-as pelas leis do design inteligente.

ISSN: 1808-1665