8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

QUAIS OS FATORES DA ATUALIDADE - INCLUINDO AS CONTAMINAÇÕES AMBIENTAIS - QUE MAIS CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER TESTICULAR EM HOMENS?

Palavras-chave: Câncer testicular, Saúde do Homem, Interferentes endócrinos

O câncer testicular (CT) trata-se da manifestação tumoral comum entre homens abaixo de 30 anos. O excesso de estrogênio no momento de diferenciação testicular trata-se de um fator endógeno para o risco para CT. Paralelo a esta questão, tem-se o aumento da exposição a poluentes e contaminantes químicos nocivos para os seres humanos – na alimentação ou exposição laboral – denominados desreguladores endócrinos (DE). A existência da relação entre CT e DE - como o bisfenol e POPs - se torna uma questão que necessita de investigações, sendo considerados fatores associados (FAs) ao risco de CT. Esta investigação buscou avaliar os fatores da atualidade, incluindo contaminações do meio ambiente e a melhoria das técnicas diagnósticas, predisponentes ao desenvolvimento do câncer testicular em homens de faixa etária mais jovem, e confrontar com dados epidemiológicos da região de SC para avaliar a seguinte dúvida norteadora: quais os FAs ao maior risco de CT entre homens da cidade de Joinville e região? Esse estudo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de Saúde e Bem-estar (3) e de Consumo e produção responsáveis (12). Metodologia: A pesquisa foi realizada em dois momentos: Fase [1] Estudo bibliográfico em base de dados Pubmed, Science Direct no esquema booleano “Neoplasias Testiculares *AND* “Disruptores Endócrinos” *AND* “Câncer Testicular” sendo selecionados os de no máximo 10 anos. Fase [2] Estudo em banco de dados públicos DATASUS buscando características que apontassem FAs como idade, etnia, atividade laboral e exposição a DE, e confronto com o que foi encontrado na literatura. Resultado preliminares e Discussão: A Fase [1] dos estudos mostrou que os casos de CT tiveram um aumentos nos últimos quase 30 anos de 1.1 casos por 100.000 habitantes. A faixa etária mais comum de ocorrência são a de 35 - 39 anos (56%) e 25 – 29 anos (43%). O aumento na taxa pode ser devido a exposição de DEs (Bisfenol, PCB, PCDFs, PCDDs e DTT). Na fase [2] os dados mostraram que a região sul do Brasil possui maior taxa, sendo o estado de SC o valor corresponde a 0,45 para cada 100.000 homens. Os caucasianos são mais propensos. Absenteísmo leva ao diagnóstico tardio. Conclusões: Fugindo da lógica determinista, outros fatores como exposição a DEs em atividade laboral (como inseticidas), e conscientização de busca de diagnóstico precoce por aqueles com FAs serão fases seguintes deste estudo em conjunto com uma clínica urológica da cidade de Joinville-SC

ISSN: 1808-1665