8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

QUESTÕES RELATIVAS AO “MEIO AMBIENTE SOCIALMENTE CONSTRUÍDO” E SUA RELAÇÃO COM O RISCO DE AVC

Palavras-chave: AVC, ambiente socialmente construido, Saúde do homem

Introdução e objetivo: Entre os homens, existe um padrão que é mais afetado pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), no qual se enquadra indivíduos idosos, com uma idade entre 60 e 70 , sedentário e/ou possui hipertensão arterial sistêmica (HAS). Esta pesquisa buscou entender se o lugar que o homem vive pode afetar a sua saúde, considerando as questões do “meio ambiente socialmente construído”. Tal situação se justifica uma vez que a ocorrência de AVC custa, em média, R$ 9670,00 em hospitais públicos. Esta pesquisa está alinhada a dois objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) 3 e 10 (Saúde e bem estar e redução das desigualdades): Método: Estudo retrospectivo, de análise documental de dados secundários provenientes de um banco de dados do HMSJ. A população em estudo foi de homens que deram entrada no hospital com AVC hemorrágico, da faixa etária acima de 50 anos com registro neste banco. A primeira etapa consistiu em fazer um levantamento demográfico do bairro que residiam, presença de HAS e/ou DM II não controlada, IMC e registro de sedentarismo. A etapa seguinte consistiu em verificar dados demográficos dos bairros, agrupando-os em regionais de saúde, correlacionando a questão do sedentarismo, IMC e não controle da DM II com as características do lugar em que moram, incluindo acesso a lazer, atividade física e distância da UBS. Resultado e discussão: Obteve-se informações de 137 amostras masculinas, atendidas por causa do AVC. Existe uma correlação positiva entre sedentarismo e HAS e números de AVC, sendo a região do Comasa a mais sedentária e com maior número de casos de internações Encontrou-se alguns pontos relativos a esta observação, como por exemplo, o fato de que a existência de menos ambientes voltados ao lazer nos bairros com maior casos de AVC, ao mesmo tempo em que bairros com mais espaços de lazer públicos; com menos riscos .Também existe um registro maior de sedentarismo nos bairros com menos espaços de lazer e socialização, indicando a dificuldade para a realização de uma rotina com exercícios físicos. Ainda, é importante ressaltar como a economia das regiões também são um fator impactante, como foi observado. Conclusões: Diante disso, entende-se que para reduzir os casos de AVC em Joinville, é necessário tanto a criação de novos ambientes de lazer e áreas de esporte quanto o fortalecimento do incentivo ao exercício físico e um acesso à informação com qualidade a respeito da prática de atividades físicas.

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo a Pesquisa Unville

ISSN: 1808-1665