A saúde mental de acadêmicos tem sido foco de pesquisas há muitos anos. Porém, com a pandemia da COVID-19 a preocupação com o tema se intensificou, pois as instituições de ensino se obrigaram a tomar medidas emergenciais, dentre elas a oferta de aulas online, já que uma das principais formas de se evitar o contágio é o distanciamento social. A partir disto, houve o interesse em se discutir sobre a saúde mental no cenário pandêmico, e os problemas que ela causa nos estudantes universitários, o quanto é prejudicial e a necessidade de ações referentes a isso no ambiente acadêmico. O objetivo principal foi analisar, sob a ótica dos estudantes de ensino superior, as ações e atuação das instituições acadêmicas para apoio relacionado à saúde mental na pandemia. A metodologia utilizada foi a pesquisa de campo, exploratória, transversal, e a coleta de dados se deu pelo envio de um questionário online para estudantes universitários da região de Joinville. Obteve-se 49 participantes que atenderam aos critérios de inclusão, com média de idade de 21 anos, sendo a menor idade 18 anos e a maior 46 anos. Os resultados parciais mostram que 83,7% dos participantes concordaram que a pandemia causou comprometimento na saúde mental. Dentre os acometimentos foram apontados ansiedade, depressão, estresse, fobias, tristeza e pessimismo. Por parte das instituições de ensino 42,8% não promoveram intervenção/atividade relacionada à saúde mental. As que promoveram ações (38,8%) o fizeram através de palestras, atendimentos/serviços psicológicos e roda de conversas. Os participantes indicaram que dentre os aspectos que prejudicam a saúde mental dos acadêmicos estão a ausência de contato humano, a cobrança dos professores, excesso de atividades, dificuldade em manter atenção às aulas online, desinteresse pela vida pessoal do acadêmico e mudança de realidade para os que acabaram de ingressar no curso superior. A partir dos dados verifica-se a necessidade de maiores cuidados em relação aos acadêmicos, já que são profissionais em formação, a maioria jovens na eminência de adentrarem ao mercado de trabalho, portanto devem estar emocionalmente preparados para enfrentar os desafios da vida adulta.