8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

A INFLUÊNCIA DO MEIO AMBIENTE SOCIALMENTE CONSTRUÍDO NA SAÚDE MENTAL DAS ADOLESCENTE DE JOINVILLE SC: UMA VISÃO SEGUNDO O CONCEITO AMPIADO DE SAÚDE

Palavras-chave: meio ambiente, saúde mental, lazer

Introdução e objetivo: A falta de lazer afeta a saúde física e mental dos jovens, que se acentua no caso de mulheres, no qual condições envolvendo machismo estrutural, dificuldades sociais entre outras questões aumentam o risco de depressão. Como consequência da falta de lazer, indivíduos ficam dependentes da tecnologia para criar relações interpessoais, aumentando a chance de desenvolverem depressão. Considerando ainda o “meio ambiente socialmente” (MASC) construído, percebe-se o interesse em modificar socialmente as áreas para comércio e pouca preocupação com a manutenção e a criação de espaços de lazer. Neste processo envolvendo o “meio ambiente socialmente construído”, é que surge a dúvida: O quanto a falta de espaços de lazer afeta a saúde de mulheres adolescentes em Joinville SC? Esta pesquisa tem por objetivo fazer um estudo exploratório sobre a questão envolvendo o MASC e os casos de depressão na cidade. Está alinhado aos ODS 3 (saúde e bem-estar) e 11 (cidades e comunidades sustentáveis). Metodologia: Tratou se de um estudo retrospectivo, de banco de dados do sistema INOVA da SMS. A população foi de adolescentes, de gênero feminino entre 12 e 19 anos, que tiveram consulta e diagnóstico de depressão no ano de 2019, sendo feito o levantamento do números de jovens depressivas por 10 mil habitantes. Paralelo a esta investigação foi realizado levantamento sociodemográfico via dados do IBGE referente de 5 regiões de Joinville. Resultados e discussão: O número de áreas de lazer por 10 mil habitantes variou entre 1,7 (Pirabeiraba) até 3,4 (Centro-norte). O consumo de antidepressivos variou entre 0,85 (Centro-norte) até 1,8 (Sudeste). A renda apresentou tendência semelhante a área de lazer, e inversa ao consumo de antidepressivos. Apenas regiões Leste e Centro-norte o consumo de antidepressivos foi inferior proporção área de lazer. A idade mais acometida foi de 16 anos, e o bairro com maior número foi o Jardim Paraíso II. A maioria trabalhava e estudava. Cerca de 12% já eram mães, condição mais comum na região Nordeste. A região Centro-norte apresentou melhor renda, maior número de espaços de lazer e menor taxa de consumo de antidepressivos. Considerações: Como já estabelecido na VIII Conferência Nacional de Saúde, sobre o conceito ampliado de saúde, renda e lazer são determinantes essenciais para a saúde. No que diz respeito a saúde mental, as emoções não podem ser tratadas como meras reações químicas, mas sim trabalhada com um olhar abrangente a luz do conceito ampliado de saúde.

ISSN: 1808-1665