8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

TRANSTORNOS NEUROLÓGICOS E SUAS REPERCUSÕES NA DISFUNÇÃO SEXUAL: UMA REVISÃO DE ARTIGO

Palavras-chave: neurologia, sexualidade, disfunção sexual

INTRODUÇÃO: a sexualidade faz parte da humanidade desde os primórdios, moldando o comportamento humano no que diz respeito à reprodução e interação social, uma vez que uma boa vida sexual está inserida em uma boa qualidade de vida e bem-estar individual. Por outro lado, a disfunção sexual, definida como a impossibilidade de concretizar uma relação sexual prazerosa, pode ser muito frustrante para o indivíduo e seu companheiro, trazendo diversos problemas psicossociais. Sua prevalência é elevada em todo o mundo, atingindo valores próximos a 60%, o que torna o tema de extrema relevância. Por isso, uma investigação etiológica se faz necessária para esclarecer possíveis etiologias e promover o tratamento correto. OBJETIVO: neste contexto, este artigo de revisão tem como objetivo analisar algumas das principais causas neurológicas da disfunção sexual, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, traumas medulares, acidente vascular cerebral e infecção por vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV). MÉTODOS: esta revisão de literatura foi realizada por meio da busca de artigos e livros em sites eletrônicos como PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Elsevier, Oxford Academic e SpringerLink sobre o tema utilizado as palavras chaves: "disfunção sexual", "impotência sexual" e "disfunção erétil". RESULTADOS: diante dessa pesquisa, foi possível estabelecer que 40 a 45% das mulheres e 20 a 30% dos homens com histórico de acidente vascular cerebral apresentam algum grau de disfunção. Já pacientes com esclerose múltipla, 40% a 80% das mulheres e 50% a 90% dos homens reclamam de algum tipo de disfunção. Os casos de disfunção sexual na de doença de Parkinson estão relacionados com os distúrbios motores e seu tratamento, visto que a utilização da levodopa pode trazer como efeito colateral a hiperssexualidade de aspecto hipomaníaco em 0,9% dos pacientes. Em traumas medulares, foi possível constatar que dos pacientes que usaram inibidores da fosfodiestarase 5 como tratamento, apenas 25% dos homens foram capazes de ter função erétil com capacidade de penetração em um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP). E por fim, 44,9% dos homens infectados pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) afirmaram ter disfunção erétil pós infecção em estatística feita pela Universidade Federal da Bahia. CONCLUSÃO: toda equipe de saúde envolvida no processo de tratamento de doenças neurológicas deve atualizar suas informações sobre o tema. Dessa forma, será possível fornecer informações corretas, desfazer mitos e preconceitos e dar o melhor atendimento para reafirmar a sexualidade dos pacientes e de seus parceiros.

ISSN: 1808-1665