8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NO TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS: UM ESTUDO CLÍNICO

Palavras-chave: Oncologia pediátrica, Laser, Mucosite oral

Pacientes submetidos ao tratamento oncológico, seja ele quimioterápico ou radioterápico, apresentam efeitos colaterias adversos. Em 80% das crianças portadoras de câncer, a mucosite, lesões ulcerativas na cavidade oral e orofaríngeo, se desenvolverá em algum momento a partir da indução medicamentosa, variando de acordo com o tipo do câncer e o protocolo de tratamento. Este projeto de pesquisa tem como objetivo investigar e comprovar a eficácia da laser terapia de baixa potência como um método de prevenção e tratamento da mucosite oral. Uma vez presentes, estas lesões possuem sintomatologia dolorosa, gerando extremo desconforto, podendo causar a interrupção do tratamento proposto. A laser terapia de baixa potência apresenta a capacidade de acelerar o processo de reparo tecidual, bem como atuar de forma profilática, impedindo o aparecimento de lesões, reduzindo a duração da inflamação aguda e também a dor do paciente. Esta pesquisa cumpriu todos os protocolos para aprovação pelo Comitê de Ética, tendo como público alvo pacientes internados na ala de oncologia pediátrica do Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, Joinville, Santa Catarina. Os pacientes submetidos a laser terapia apresentavam lesões no momento da aplicação ou alto risco para aparecimento destas com o início da quimioterapia. O protocolo utilizado para lesões já instaladas foi de acordo com necessidades particulares de cada paciente, não excedendo 1J por ponto. E para tratamento profilático em pacientes iniciando a quimioterapia foi 0,3J por ponto. O projeto de pesquisa pretende analisar a capacidade anti-inflamatória, analgésica e bioestimulante da laser terapia tanto na aceleração da cicatrização de lesões já instaladas como na profilaxia do aparecimento de novas alterações orais. Sendo assim, 15 crianças foram submetidas ao tratamento profilático, medicamentoso ou ambos. Na totalidade dos pacientes, foi aplicado o protocolo de 0,3J para prevenção das lesões, porém 8 deles (53,3%) manifestaram a alteração oral em algum momento. Destes oito, 5 estavam sob tratamento quimioterápico de Metotrexato (MTX) e iniciaram a lesão entre os dias 3-5 após indução medicamentosa com MTX. Em relação a cicatrização os resultados variaram bastante de um paciente a outro, porém 100% representaram uma melhora significativa a cada dia de aplicação. Frente aos resultados clínicos satisfatórios, reforça-se novamente a importância da presença de um cirurgião-dentista na equipe multiprofissional dos hospitais. Assim sendo, as lesões poderão ser prevenidas ou então tratadas em menos tempo, permitindo um tratamento oncológico adequado e consequentemente melhor prognóstico.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP/Univille), Fundo de Apoio à Extensão (FAEX/Univille) CNPq. Hospital Infantil Dr Jeser Amarante Faria ( Joinville, SC)

ISSN: 1808-1665