8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

Análise do efeito da poluição de sílica sobre plantas e a saúde renal em humanos: uma revisão integrativa sob a ótica da saúde única

Palavras-chave: saúde ambiental, plantas bioindicadoras, saúde humana

Sabe-se que a deposição de partículas de poluentes sobre a lâmina foliar geram sérios danos morfológicos e estruturais nas plantas, incluindo a clorose, diminuição de pigmentos fotossintéticos e, por conseguinte, redução da fotossíntese e trocas gasosas. Não só as plantas são suscetíveis aos efeitos nocivos gerados pela poluição atmosférica. Seres humanos expostos à essas partículas se tornam vítimas dos prejuízos à saúde e ao bem estar fisiológico. Este estudo, de caráter bibliográfico, reúne informações sobre o efeito nocivo da sílica sobre a saúde das plantas e de seres humanos. Como a sílica é o mineral mais presente na superfície do planeta, especialmente na areia e nas rochas, sendo utilizada enormemente nas indústrias de diversas áreas, torna-se evidente que o estudo dos efeitos da poluição do ambiente de trabalho e de seu entorno geográfico, por este composto, tem importância clínica na determinação ou no desencadeamento de muitas doenças. Sabe-se os efeitos bem estabelecidos da poeira da sílica cristalina sobre os pulmões, o que provoca uma resposta fibrótica no parênquima pulmonar, apresentando-se clinicamente variável com diferentes níveis de gravidade. A silicose é a doença ocupacional respiratória mais frequente no meio ambiente, sendo considerada um problema global de saúde pública. Além da silicose, outras doenças ocupacionais são registradas quando os seres humanos estão expostos à poeira da sílica, tendo um papel importante para o desencadeamento de glomerulonefrites, insuficiência renal, câncer renal e litíase urinária formada por cristais de sílica. A propriedade tóxica da sílica e certos silicatos é bem estabelecida, como o amianto azul associado ao mesotelioma e o pó de carvão associado à pneumociniose. O fato é que o silício, cada vez mais, tem se tornado de interesse científico, ao passo que se registra sua concentração em fluídos fisiológicos como na urina e no soro sanguíneo, tendo importância tanto na saúde quanto na doença. No soro, as concentrações de silício aumentam em até 20 vezes em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise, possivelmente relacionado à ingestão dietética do silício. Já na urina de pacientes saudáveis, as concentrações de silício relatadas na literatura estão na faixa de 280 ¼mol/L. Nas plantas, sugere-se que a contínua deposição de partículas de sílica sobre a lâmina foliar pode alterar os teores de clorofila e, como consequência, as taxas fotossintéticas.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665