8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

O TEACCH como base para a criação de uma proposta de Protocolo de Avaliação Neuropsicológica para Autistas – PANPA

Palavras-chave: transtorno do espectro autista, programa TEACCH, protocolo de avaliação neuropsicológica

Realizar uma avaliação neuropsicológica em indivíduos com TEA – Transtorno do Espectro Autista, é um processo complexo na medida em que existem variados graus de comprometimento da comunicação verbal, o que influencia pelo menos parcialmente o desempenho desses individuos em diferentes testes. Assim, aponta-se para a importância de uma avaliação que seja direcionada às necessidades individuais, com a articulação de instrumentos que tenham como foco niveis de engajamento nas tarefas e recursos que melhor se adaptem as características clínicas do quadro. Por esse motivo, este estudo utilizou do programa TEACCH – Treatment *AND* Education of Autistic *AND* related Communication handicapped Children, um método autoexplicativo, claro e estruturado, que utiliza a comunicação alternativa e busca formas de prevenir a desregulação emocional, para fundamentar a construção PANPA – Protocolo de Avaliação Neuropsicológica para Autistas. O PANPA é designado para indivíduos que tenham idade superior a 18 meses, e ele foi desenvolvido a fim de rastrear aspectos indicadores do TEA e avaliar funções psíquicas relacionadas à memória, atenção, psicomotricidade, planejamento e organização; além da aptidão para leitura, domínio da linguagem expressiva e receptiva, e a habilidade conceitual para composição de valores. Para isso, foram elaborados: um roteiro de entrevista semiestruturada baseado nos critérios diagnósticos para TEA do DSM V e CID-10; um tabuleiro de acompanhamento progressivo; um protocolo de registro; um conjunto de 10 subtestes; e um manual que orienta sua aplicação, correção e interpretação. Protocolos como o PANPA, que podem pontuar áreas em que o sujeito tenha maiores dificuldades e também suas potencialidades, dão base para a formulação de um plano de intervenções terapêuticas pensado de acordo com as demandas de cada indivíduo. Sendo assim, entende-se que o protocolo e um instrumento promissor para a avaliac'ão de sujeitos com suspeita de TEA, mas são necessários estudos futuros que investiguem suas propriedades psicométricas.

ISSN: 1808-1665