8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

Anatomia da madeira e avaliação do crescimento do lenho de Myrceugenia mesomischa e M. hoehnei em Santa Catarina

Palavras-chave: Características anatômicas do lenho, Myrtaceae, Xilema

No Sul do Brasil predomina o bioma Mata Atlântica, com formações de Floresta Ombrófila Densa e Mista, onde Myrtaceae Adans é família bem representada. Considerando a importância ecológica, a ausência de estudos anatômicos e de avaliação do crescimento do lenho e a utilidade dos dados na elucidação da história biogeográfica e filogenética do gênero Myrceugenia, o objetivo do estudo foi descrever e analisar as características anatômicas, qualitativas e quantitativas, do lenho de Myrceugenia hoehnei e M. mesomischa que ocorrem em Santa Catarina. Com amostras de madeira de cinco plantas de M. hoehnei e uma de M. mesomischa foram preparadas lâminas histológicas com cortes transversais, longitudinais tangenciais e radiais e material macerado, seguindo metodologia usual. As lâminas foram observadas em microscópio de luz e obtidas imagens com câmera acoplada. Características anatômicas qualitativas e quantitativas foram analisadas. Foram aplicados os testes de análise de variância (ANOVA) e de Tukey, para a comparação dos grupos entre si, e o teste de Shapiro, para a verificação da normalidade dos dados. No lenho das espécies analisadas ocorrem camadas de crescimento (zona fibrosa), porosidade difusa, vasos solitários em maioria, diâmetro médio de 34,92 ¼m, com média de 552,8 ¼m de altura e média de 159,1 vasos/mm2; placa de perfuração simples e múltipla escalariforme; pontoações intervasculares opostas e radiovasculares escalariformes; parênquima axial difuso em agregados, série de 5-7 células de comprimento; raios não estratificados, com 1-3 células de largura, média de 348 ¼m de altura, média de 18,5 raios/mm2; fibrotraqueídes com comprimento médio de 840,11 ¼m, espessura média de parede de 5.95 ¼m e lume com diâmetro médio de 5,10 ¼m; estruturas secretoras ausentes; cristais prismáticos no parênquima axial. As diferenças observadas entre as espécies se limitam à maior frequência de vasos, fibras mais curtas, de diâmetro do lume e espessura de parede maiores, raios mais altos, mais largos e em maior frequência em M. hoehnei do que em M. mesomischa. A avaliação do crescimento não foi possível realizar, pois as plantas eram todas arvoretas, impossibilitando a coleta com trado de incremento.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665