Introdução: A obesidade na gestação está associada a patologias maternas e fetais. Assim, a dieta está intimamente ligada ao desenvolvimento gestacional, de maneira positiva e negativa. Os ômegas 3 são ácidos graxos essenciais poli-insaturados sendo os mais importantes: ácido linolênico, ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA). Alguns estudos mostram associação positiva da suplementação de ômega e desfechos materno-fetais favoráveis. Metodologia: Realizou-se uma revisão da literatura a partir das bases de dados Medline e Scielo, de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2019. Selecionou-se estudos disponíveis em inglês ou português, que abordassem a relação dos desfechos materno-fetais com a suplementação de Ômega-3 na gestação. Resultados e Discussão: A dieta materna tem grande importância pois determina o tipo de ácido graxo que se acumulará no tecidos do feto como cérebro e retina. Assim, se a gestante consumir ômega -3 pode aumentar peso do recém-nascido, comprimento e circunferência da cabeça ao nascimento, aumentar acuidade visual, coordenação mãos-olhos, atenção, resolução de problemas e processamento de informações. Além disso, verificou-se em um ensaio clínico randomizado duplo-cego que o consumo materno diário de 400mg de DHA diminuiu a ocorrência de infecções das vias áreas superiores no primeiro mês de vida e o número de dias de doença com 1, 3 e 6 meses de idade era menor. Alguns estudos associam diminuição da resistência insulínica ao consumo de ômega 3. Em viés, um estudo analisou marcadores de sensibilidade insulínica em placentas de gestantes que suplementaram com ômega 3 e as que usaram placebo, e, não houve diferença significativa entre os dois grupos. Considerações Finais: Vê-se a necessidade de mais estudos comprovando os benefícios do consumo de ômega-3 pelas gestantes.