8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

Aprender inglês como língua estrangeira na educação básica na visão de estudantes com TEA e suas famílias

Palavras-chave: Lingua estrangeira, Transtorno do Espectro autista, Educação Especial

O percentual de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm aumentado gradualmente nas etapas de ensino da educação básica. O crescimento do número de matrículas demonstra um marco fundamental para a inclusão desses estudantes nas escolas regulares.À vista disso, o trabalho proposto é parte da dissertação de mestrado que se encontra em fase de andamento e tem como objetivo compreender as concepções do processo de aprendizagem de língua inglesa como língua estrangeira na educação básica na visão de estudantes com TEA e suas famílias. A metodologia de pesquisa seguiu uma investigação bibliográfica e análise das entrevistas, as quais foram realizadas com três famílias, três estudantes e questionários realizados com dois docentes de língua inglesa de três escolas estaduais da cidade de Joinville-SC, através da Análise de Conteúdo (Bardin 2011; Franco 2005). A fim de compor o aporte teórico, a pesquisa baseia-se, principalmente, em: Vygotsky (1991; 1997; 2009; 2010), Leffa (2006; 2016), Figueiredo (2008; 2019), Barroco (2017; 2007a; 2007b), Orrú (2010; 2012). Com o aporte teórico mencionado, foi possível compreender o ensino de língua inglesa para os estudantes público-alvo da pesquisa sob uma perspectiva histórico-cultural, focada nas relações como parte da aprendizagem e desenvolvimento dos sujeitos como seres históricos e socialmente constituídos. A construção dos dados indicam que as mães percebem que os filhos possuem certa habilidade na aprendizagem da LI, mas que eles necessitam de apoio e adaptação das atividades para conseguirem aprender da melhor maneira. Os estudantes demonstram interesse no aprendizado e conseguem compreender frases ou palavras isoladas em inglês, mas relatam a dificuldade em realizar as tarefas de interpretação e tradução de textos. Quanto aos docentes entendem que a maior dificuldade dos estudantes durante o aprendizado da língua inglesa em sala de aula é a interação/fala e a compreensão de textos sem adaptação. Além disso, expõem que o ensino inclusivo precisa de mais atenção, formação continuada e melhores condições de trabalho aos professores para que possam acolher e contribuir para que o processo de aprendizagem desses estudantes em específico seja efetivo e de mais qualidade.

ISSN: 1808-1665