8ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA

De 19/10/2021 à 21/10/2021

Linguagem e patrimônio: as narradoras que ecoam memórias sociopolíticas em “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende, e em “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior

Palavras-chave: Linguagem e Patrimônio, Memórias sociopolíticas, A casa dos espíritos/ Torto Arado

Linguagem e patrimônio: as narradoras que ecoam memórias sociopolíticas em “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende, e em “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior é um estudo que aborda a linguagem e seus imbricamentos com a memória e a cultura sociopolítica, partindo de que o literário reconstrói o acontecido no campo real ou imaginário recuperado pela memória do autor, pelo narrador. Esta pesquisa procura articular, analisar e compreender a linguagem em sua potencialidade de projetar subjetividades, recortes históricos políticos culturais e mundos possíveis. Pensar e analisar o autor e seus modos de capturar o mundo pela linguagem é um caminho para traçar desenhos de uma memória social como o patrimônio de uma cultura e uma sociedade, eternizados pela arte literária. A dissertação será construída a partir de três artigos relacionados à linguagem literária, à memória e ao patrimônio cultural. Para seu desenvolvimento, será utilizado o método de pesquisa bibliográfica: a linguagem literária será entendida, tomada e pesquisada como patrimônio, levando em consideração artigos, monografias, dissertações e outros escritos sobre o tema. Ao tangenciar o estudo da linguagem literária, da memória, voz do(s) narrador(es), o conceito de decolonização e a pós-modernidade, serão estudadas fontes já conhecidas sobre o tema, bem como autores que dão base à pesquisa acadêmica em torno das questões globais do patrimônio cultural imaterial. A investigação intertextual das narrações se dá a partir dos recortes “A casa dos espíritos” (1982), da chilena Isabel Allende, que tem como foco as mulheres da família Del Valle-Trueba, e “Torto Arado” (2019) do brasileiro Itamar Vieira Junior, que apresenta a voz (e falta dela) dos que nasceram a partir de um passado escravagista. De que forma, então, a linguagem literária potencializa a crítica sociocultural ao narrar transformações sociopolíticas e culturais? Para responder esta e outras questões, serão utilizados textos de Walter Benjamin (1936), Beatriz Sarlo (2013), Terry Eagleton (1996), Joël Candau (1996). A literatura é potência. Registra, narra, expõe, questiona, inspira a partir das vozes mais variadas e de vozes silenciadas e não puderam falar e sobrevivem no simbólico.

Apoio / Parcerias: BOLSISTA MODALIDADE II PROSUC CAPES

ISSN: 1808-1665