Os relacionamentos estabelecidos em diferentes âmbitos e o significado a eles atribuídos permite gerar autoconhecimento e compreender o comportamento das pessoas, desenvolvendo competências. Com base nessa premissa, a metodologia vivencial de treinamento vem assumindo relevância. Esta concepção permite o desenvolvimento de habilidades e competências comportamentais com um índice de aproveitamento superior às metodologias convencionais, caracterizando-se como um método dinâmico, com atividades que oportunizam vivenciar situações análogas ao cotidiano das empresas, para medir e verificar possíveis estratégias, mudanças ou resultados (MOREIRA e MUNCK, 2010). A referida metodologia, conhecida também como TEAL – Treinamento Experiencial ao Ar Livre configura-se como um treinamento utilizado por empresas no desenvolvimento de competências comportamentais, desencadeando o aprendizado por meio de atividades ao ar livre, vivências por meio de games corporativos e discussões em grupo. Tendo por referência esses pressupostos o Projeto de Extensão DECIJ – Desenvolvendo Competências Interpessoais em Jovens, se sustenta em metodologia que adota abordagem integradora e multidisciplinar convergente às necessidades dos participantes e seus contextos, focalizando situações da vida profissional e da vida pessoal dos participantes, respeitando as suas experiências individuais. A metodologia de treinamento vivencial abrange uma dinâmica educacional que focaliza o ser humano, o instrumentalizando a trabalhar para derrubar barreiras comportamentais que podem atrapalhar o bom desempenho, valorizando o trabalho em equipe, focalizando na atual edição conceitos como liderança, comunicação interpessoal, interação e outros – o que promove a experimentação ativa dos participantes, facilitando envolvimento maior na busca por uma aprendizagem mais efetiva, proveitosa, competitiva e duradoura. A apropriação da aprendizagem vivencial ocorre contemplando um ciclo que abrange diferentes fases: vivência: realização da atividade; relato: expressão e compartilhamento das reações e sentimentos; processamento: análise do desempenho, discussão dos padrões; generalizações: comparação e inferências com situações reais; aplicação: compromisso pessoal com as mudanças, planejamento de comportamentos mais eficazes, e da utilização dos novos conceitos no dia a dia de sua atividade profissional. Infelizmente em decorrência do cenário pandêmico, esse ano enfrentou-se limitações: em função da legislação restritiva e dos protocolos de saúde, foram enfrentadas muitas dificuldades devido às restrições impostas durante a pandemia; atividades virtuais não substituem com a mesma eficiência as atividades presenciais, dado a metodologia ser eminentemente presencial; as atividades ainda serão realizadas até o final de 2021 visto ser necessário que os encontros sejam presenciais e com atividades que são muito interativas; acredita-se que a motivação será ainda maior devido a reclusão social vivida pelas pessoas durante a pandemia.