9ª SEMANA UNIVILLE DE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 18/10/2022 à 20/10/2022

História Ambiental no Brasil: Uma revisão literária

Palavras-chave: Patrimônio Ambiental , História Ambiental, História no Brasil

Num contexto de crescente relevância da História Ambiental no Brasil e no Mundo, de crescentes discussões sobre crises climáticas, e queimadas que se estendem na floresta Amazônica e na floresta Atlântica, entendeu-se ser necessário fazer uma pesquisa sobre História Ambiental no Brasil. Objetivou-se, na pesquisa, compreender o que nos dizem algumas das principais obras de História Ambiental sobre o Brasil, para então, entender a temática abordada e a relação homem-natureza em diferentes períodos e lugares do Brasil, abordados pelas bibliografias. A presente pesquisa é parte integrante da pesquisa “As paisagens da Baía da Babitonga: um estudo documental”, que será concluída em junho de 2023. Neste momento, para a pesquisa usou-se uma abordagem qualitativa de revisão bibliográfica, escolheu-se 5 obras relevantes para a história ambiental no Brasil, três delas tem um grande fator de impacto (“A ferro e fogo” de Warren Dean, “Um sopro de destruição” de José Augusto Pádua, e “Devastação e preservação ambiental” de José Augusto Leitão Drummond), as outras duas (“História ambiental, história indígena e relações socioambientais no Semiárido Brasileiro” de Carlos Alberto Batista Santos et al, e “História Ambiental de América Latina” de Pedro Sergio Urquijo Torres et al) são também fundamentais para a compreensão da História Ambiental no Brasil, seja como referencial teórico ou base para mais estudos, contudo, por serem obras recentes não tem fator de impacto. Da pesquisa, foi compreendido em Pádua, que as discussões e questões ambientais sobre o Brasil já circulavam no meio de alguns intelectuais, políticos e membros da elite brasileira, sendo um dos mais conhecidos destes, no século XIX, o então ministro José Bonifácio, que acreditava que, se os brasileiros continuassem devastando as florestas e fazendo mau uso de suas minas, em dois séculos viraríamos algo parecido aos “desertos áridos da Líbia”. Contudo, já no século XVIII, existiam pessoas pensando na racionalização da terra e nas revoltas da natureza. Para Dean, as florestas do Brasil, todas ou quase todas, até mesmo as que são pensadas como intocadas, sofreram alguma ação ou influência do homem. O ser humano habita a região do Brasil há mais de 10 mil anos a.p., estes habitantes eram milhões, no século XV, e habitavam basicamente a totalidade do território brasileiro. Tinham uma grande multiplicidade cultural, faziam escambos, coivara, festas e conflitos, uns eram mais suscetíveis e interessados ao amálgama cultural, enquanto outros eram extremamente rígidos às permutas de qualquer tipo.

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ISSN: 1808-1665