9ª SEMANA UNIVILLE DE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 18/10/2022 à 20/10/2022

Panô de memórias: artesanias e experiências narrativas pelas imagens

Palavras-chave: Memória, Imbricamentos de linguagens, Narrativas autobiográficas

A pesquisa/tese Narrativas artesaniadas: tessituras de um Panô de Memórias em desenvolvimento, vinculada ao Programa de Patrimônio Cultural e Sociedade (PPGPCS), linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagem e ao grupo de pesquisa Imbricamentos de Linguagens, da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) objetiva criar uma cartografia desveladora de experiências narrativas (auto) biográficas tramadas na tessitura têxtil de uma imagem, de forma a reatualizar seus interlocutores diante da vida de um Panô de Memórias de/com idosos. A abordagem metodológica adotada é a cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 2012), com aporte nas pesquisas narrativas (PASSEGGI, 2008; 2020). As artesanias criadas no campo de uma pesquisa-dissertação, em meio as ações interativas de rodas de conversas, decorrentes de seis oficinas de artesanias com onze idosos de 60 a 72 anos de idade, participantes de um CRAS em Joinville, SC, dão corpo ao objeto desta pesquisa/tese. Nas oficinas de artesanias, os idosos criaram panôs elaborados como apresentação de si em imagem, imagens costuradas e ornamentadas com têxteis apresentando as memórias de suas vidas (COSTA, 2019). Projeto colaborativo decorrente de criações individuais tecidas um único quadro, nomeada Panô de Memórias, resultante de gestos alinhavados, palavras e silêncios expressos como escrita/leitura de si em uma narrativa viva. As narrativas/imagens produzidas nestas artesanias num pesquisar/cartografar atravessam e são atravessadas pela experiência estética (MAFFESOLI, 1998), pela experiência narrativa (BENJAMIN, 2012) e por relações entre narrativas e experiências (CLANDININ; CONELLY, 2015) diante das imagens (DIDI-HUBERMAN, 2018). A partir deste entendimento, compreendemos que as narrativas expressas nas artesanias do Panô ultrapassam a materialidade do objeto têxtil, pois diante das imagens nos colocamos à disposição delas. O percurso analítico sinaliza que diante das imagens do Panô, seus interlocutores empregaram/desprenderam forças (potências) nas reconstruções imagéticas de formações subjetivas num imbricamento de linguagens, gerando movimentos narrativos. Experiências que desencadeiam memórias a cada nova percepção diante da imagem, num processo de atualização de si e (re)inscrevem seus sujeitos diante da vida desvelando afectos pelas tramas e proliferando narrativas entre tecidos e linhas, em processos passíveis de ser reelaborados a cada olhar que por ele se aventurar a fazer passagem.

Apoio / Parcerias: Bolsa CAPES-PROSUC.

ISSN: 1808-1665