9ª SEMANA UNIVILLE DE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 18/10/2022 à 20/10/2022

Violência do Estado contra os jovens afrodescendentes no Brasil: uma análise do racismo estrutural

Palavras-chave: jovens afrodescendentes, violência, necropolítica

Na atualidade muito têm se discutido, tanto doutrinariamente quanto empiricamente, acerca da violência contra negros no Brasil. Certamente, os brasileiros vivem em uma sociedade a qual possui o racismo enraizado em sua estrutura, portanto, parte-se da ideia de que o racismo é estrutural, visto ser um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade. Outrossim, através do contexto histórico prova-se que os negros sempre estiveram às margens da sociedade, portanto, a violência gerada pelo racismo pode ser vista como um evento naturalizado desde a colonização portuguesa no Brasil. A presente pesquisa vinculada ao Projeto Integrado “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”, busca problematizar o racismo e a violência que acomete a sociedade brasileira no extermínio da juventude negra pelas ações policiais e nas práticas racistas de instituições públicas e seus representantes. A necropolítica é uma manifestação dura do racismo e se expressa também na omissão e resistência do Estado, através de mecanismos rotineiros e da deficiência na negação do acesso aos direitos humanos básicos. Utilizado o método de pesquisa qualitativa será analisado o mapa da violência no Brasil nos últimos 5 anos para identificar os dados em relação a essas violências sistemáticas em relação ao jovem negro. Conforme mostram as pesquisas recentes (Fórum da Segurança Pública, 2021), na última década mais de 400 mil pessoas negras foram mortas vítimas de violência no Brasil, em 2020 mais de 76 por cento das pessoas assinadas eram negras, ainda conforme a mesma fonte a chance de um negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,6 vezes maior do que um não negro. Diante dos dados é urgente a reflexão em torno das causas de toda essa violência que rouba a perspectivas de jovens negros no Brasil.

Apoio / Parcerias: FAP Univille

ISSN: 1808-1665