4º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 26/05/2008 à 30/05/2008

SEMENTES DE MEXILHÃO Perna perna (LINNÉ, 1758) EM SÃO FRANCISCO DO SUL (SC): UMA ANÁLISE DE DIFERENTES COLETORES ARTIFICIAIS DESTE IMPORTANTE INSUMO À MARICULTURA

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: produção, moluscos, Santa Catarina

Atualmente no litoral do estado de Santa Catarina os mexilhões Perna perna desempenham importante papel econômico e social através da atividade de maricultura. O estudo da colonização de coletores artificiais por juvenis de mexilhão foi o objetivo deste trabalho, contribuindo com a temática da sustentabilidade da maricultura ao buscar diminuir a pressão sobre bancos naturais. Na praia de Enseada (São Francisco do Sul) foi instalada uma estrutura flutuante com dois cabos principais paralelos de 100 metros. Nesta estrutura foram instalados, na vertical e horizontal, dois tipos de coletores artificiais para promover a fixação dos mexilhões, ou seja, tipo azul de polietileno e convencional branco de poliamida, utilizados na área. O comprimento dos coletores, tanto azul quanto branco, foi padronizado em um metro. Mensalmente foram registrados em superfície os dados físico-químicos de temperatura (°C), salinidade e transparência da água (cm) com um disco de Secchi. Os juvenis de bivalves foram retirados dos cabos coletores e quantificados. Posteriormente procedeu-se a triagem e identificação de indivíduos de P. perna, sendo quantificados e acondicionados em frascos plásticos com formol 4%. No caso dos coletores verticais efetuou-se a divisão destes em três secções, de 33,3cm cada, para a avaliação do assentamento de sementes ao longo de diferentes extratos. No transcorrer do estudo a temperatura superficial atingiu valor médio de 19,8°C, a salinidade superficial de 30,6 e a transparência de 42%. Na área de estudo a média de sementes de P. perna por metro de cabo coletor foi maior na vertical no azul e na horizontal no branco. Relação positiva entre o número de sementes de mexilhões obtidas por metro de coletor e o tempo de imersão foi registrada em ambos os tipos. Na vertical a secção 1 de 3 dos coletores, mais próxima à superfície, foi mais efetiva na obtenção de sementes de mexilhão, embora tenham ocorrido resultados relativamente próximos para todas três secções. Os mexilhões representaram a maioria dos bivalves assentados. Os resultados permitiram evidenciar o desempenho diferenciado dos diferentes cabos coletores e o incremento de juvenis de P. perna ao longo do tempo deste estudo. Uma captação de sementes de mexilhão mais eficiente ocorreu próximo à superfície, porém todo o um metro de coluna d’água abordado mostrou potencial para o propósito.As informações obtidas permitem aperfeiçoar o processo de obtenção de sementes de mexilhão pelos maricultores de São Francisco do Sul e a partir das mesmas sugerem-se estudos futuros nesta área.

Apoio / Parcerias: FAMASC (Federação das Associações de Maricultores de Santa Catarina)

ISSN: 1808-1665