13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Verificação do tratamento de efluente de reciclagem artesanal de papel por filtração-floculação em Teste de Jarro

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Papel artesanal, Efluente, Teste de Jarro

O projeto de extensão universitária Mulher com Fibra, que tem como base a economia solidária e a sustentabilidade, apóia mulheres da zona rural de Joinville a obterem uma fonte alternativa de renda por meio da confecção artesanal de folhas de papel reciclado reforçado com fibra de bananeira e da utilização dessas como matéria-prima no desenvolvimento de artigos decorativos, cartões, convites e embalagens. No entanto, o processo produtivo envolve o consumo de água, além de produtos químicos, como o hidróxido de sódio e o hipoclorito de sódio. Neste contexto, este trabalho buscou caracterizar o efluente gerado e, por meio de um teste de jarro, determinar um tratamento para ele, de forma que o sistema final apresente certa simplicidade operacional e baixo custo. Com um peagâmetro e um oxímetro foram analisados, respectivamente, os parâmetros de pH e oxigênio dissolvido. A cor aparente e a cor real foram determinadas por espectrofotômetro a 530 nm. O teste de cloretos foi realizado pelo método Argentimétrico de Mohr e, por titulação ácido-base, a alcalinidade. Em seguida, foram separadas 4 amostras do efluente bruto e a cada uma foi adicionada, respectivamente 1000, 1500, 2000 e 2500 mg/L de agente floculante (sulfato de alumínio). As amostras foram mantidas em agitação rápida a 300 rpm por um minuto e agitação lenta a 50 rpm por 15 minutos e após o tempo de decantação, recomendado em literatura, de 30 minutos, o clarificado foi recolhido e submetido às mesmas análises realizadas com o efluente bruto. Os resultados demonstram que um sistema de tratamento apenas com floculação-decantação não é suficiente para que o efluente seja enquadrado nas Legislações Estadual ou Federal pertinentes. Entretanto, o aspecto visual do efluente tratado é um forte indicador de que ele possa ser reutilizado no próprio processo produtivo, em etapas que não requerem grau elevado de pureza da água ou ainda para usos menos nobres como a lavagem do material utilizado na confecção das folhas ou da oficina.

Apoio / Parcerias: FAP UNIVILLE

ISSN: 1807-5754